sábado, 28 de março de 2015

O Problema Não És Tu, Sou Eu #2

#1 AQUI.

A tecnologia tem evoluído muito nos últimos anos, mas ainda não é possível cobrirmos a nossa cara com merda digital. AINDA. Quando for, eu vou precisar de uns quantos baldes para me cobrir com a quantidade de merdas que disse ao N e que ele me deitou à cara (cara digital vá, para doer menos) pelo Whattsapp ontem/hoje à noite (acho que fiquei com uma dívida eterna ao dito programa por me ter impedido de ouvir aquilo que li).


Eu tenho a puta da mania que sou engraçado, e pronto, achei que tinha piada dizer ao N mal o conheci, que ele não era nada de especial, que não queria nada com ele, todas essas coisas que agora são uma bela de uma tanga.


E o N na inocência dele diz algo como : 

" - Ah mas olha não faz mal por que eu até te acho um gajo fixe e não sei quê..."


Lol, mas a partir daquele momento a coisa deixou de ser sobre o que ele achava de mim e passou a ser sobre aquilo que EU estava a achar de mim mesmo. Comecei a realizar aquele exercício mui simples e mui humilhante de me pôr na pele da outra pessoa, neste caso do N, a tentar lembrar-me de todas as coisas que já lhe tinha dito e dos foras que lhe tinha mandado e só cheguei a uma conclusão:


Acredito que do meu parco historial amoroso eu tenha acabado sempre (ou quase sempre) com a ideia de que era a vítima no meio daquilo tudo. Depois, acho que me tornei na Lindsay Lohan no "Mean Girls", com a ideia de que as pessoas me faziam mal mas que eu não fazia mal a ninguém por muita porcaria que dissesse ou fizesse.


As porcarias pelas quais passei no passado acabaram, eventualmente, por moldar aquilo que faço/digo hoje em dia mas em nenhum momento pensei que pudessem estar a comprometer o meu futuro. Acredito que demoraria outros vinte cinco anos até encontrar alguém como o N que me dissesse que não gostou do que ouviu da minha boca, ainda antes de eu ter dado uma oportunidade para o conhecer melhor. Provavelmente nunca teria chegado a conhecê-lo até este ponto. Acho que ele me dava mais uma oportunidade de cada vez que eu o mandava passear, lhe dizia que não queria nada com ele, que ele não fazia  o meu género, que aquilo não ia ter repercussão alguma.


Agora sei, ou pelo menos acho que é assim, que antes que ele venha a ser outra coisa qualquer, ou mesmo que não venha a ser mais nada, é, ou foi, por um curto período de tempo, meu amigo. E esforcei-me bem mais para o ter como amigo do que das vezes em que me levaram para a cama. Talvez por que se as pessoas fossem minhas amigas eu não teria sequer ido para a cama com elas...

7 comentários:

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    1. não percebi esse comentário :| é bom ou mau?

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    2. Às vezes não podemos dizer tudo o que pensamos.

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    3. o problema foi eu não pensar naquilo que dizia!

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    4. isso também lol na dúvida, ficamos calados lol

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  2. ... por outro lado até foi bom alguém ter tido essa conversa contigo porque assim ficas com uma ideia melhor da impressão que estás a passar para o outro lado.

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    1. sim, provavelmente agora vou morder a língua mais vezes...

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