terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Um Encontro Perigoso - Chapadas Na Tromba, Leite Na Tromba E Outras Histórias #7

#6 AQUI.

MAIS UMA VEZ AVISO QUE SE GASTOU O STOCK DE BOLINHAS VERMELHAS DO ESTAMINÉ NESTE POST APENAS. PROSSIGAM POR VOSSA CONTA E RISCO. FALO SÉRIO GENTE.

Dói-me tudo gente. Tudo.


Parece que agora sempre que me encontro com o J tenho um problema qualquer ou uma dor qualquer. Ele ainda me perguntou: 

" - Queres desmarcar?"

Não, claro que não. Putedo que é putedo vai com dor. Vai com tudo. E leva com tudo também.


Ando cansado física/psicologicamente... E disse-lho. Disse-lhe que seria apenas o que ele quisesse, visto não ter vontade de fazer nada que envolvesse a minha própria vontade. Longe de uma mulher frígida, sentia-me demasiado cansado para discutir papéis. Seria quase um peso morto.

Mas um peso morto tem sentimentos. E longe de "amar" aquele homem, "amo" vê-lo aperaltado. A saber o quanto gosto de o ver aprumadinho, lá me pediu o seu tempo e quando o vi novamente de camisa, colete e gravata... não foi bonito. Metia a mão em tudo. E queria chegar a todo o lado. Até que ele, já a revirar os olhos parou tudo e me disse na voz mais calma que conseguiu:

" - Vou-te explicar uma coisa... Tu só fazes o que eu quiser quando eu quiser. E se continuas assim eu vou parar."


Por isso eu parei. Para mim há um alívio em largar tudo e não fazer nada. Não é preguiça. Não digo que seja um mero espectador do que se passa. Mas não faço nada. E quando a isso se junta um pingo de dor, melhor ainda.


Dizem que duas pessoas não sentem o mesmo acontecimento da mesma forma. Foi o que aconteceu comigo e com o J. Enquanto que para ele a penetração foi, como dizem os Ingleses, "piece of cake" para mim foi um tormento. Parecia estar com os sentidos a mil e o prazer dele era uma dor para mim.
De bruços, agarrado a uma das bordas do colchão mordia o colchão, mordia os dedos,  mordia o meu braço... Tudo para me impedir de gritar. Por que eu sabia que não iria ser um grito ensaiado. Iria ser um grito medonho.
E quando, volta e meia levei um ou outro bofetão de surpresa foi preciso suster a respiração para não gritar.
Tanto esforço para controlar a dor acabaram por levar o J a olhar para mim e perguntar de chofre:

" - Vais parar de chorar? Por que é que estás a chorar?"

As minhas glândulas lacrimais traíram-me uma vez mais....

A cada investida eu sorvia uma lufada de ar, a medo de desatar a gritar por que não sabia conseguir suportar. Mas suportava sempre.

Até que acabou e ao levantar-me já não me lembro se fui eu, se foi ele, mas alguém reparou no facto de eu precisar de me segurar a todas as coisas que se encontravam no wc a medo de cair redondo no chão de tão zonzo que estava.


Até que, um pouco antes de sair ele me pergunta:

" - Não deste conta da leitada que levaste em cima pois não?"

Não. Não sei se era grande ou pequena. Sei que escorreu por mim abaixo. E espero que tenha levado muita coisa com ela.

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