domingo, 25 de novembro de 2018

O Encontro (Menos) Molhado De Sempre

Quando a agenda de ambas as partes é um verdadeiro caos uma pessoa arranja-se como pode. Podia era arranjar-me para sair num dia em que não tivesse chovido a cântaros, como foi o caso de ontem.
Depois de um dia em que a ameaça de chuva se tinha tornado uma realidade e desaparecido pouco tempo depois, ainda era para ter dito ao homem para vir ter comigo ao trabalho, mas pensei que se a primeira regadela que ele levasse à minha pala fosse proporcionada pelo São Pedro eu não ficaria satisfeito comigo próprio.


Mas fiquei satisfeito com o senhor ora. Ou talvez não. Ainda tenho mixed feelings. O problema de procurar pessoas mais velhas é o de não querer aceitar que, no final, haverá aquela diferença de idades que poderá (ou não) ser constrangedora. Por acaso ontem foi.


Fechados dentro das quatro "paredes" do carro dele enquanto chovia lá fora quanto mais ele falava mais eu me capacitava de duas (três coisas vá):

1) "Lord Jesus eu pareço um puto a falar com ele, só falta contar-lhe qual foi o lanche que levei para o infantário hoje... Será que posso parecer mais infantil? Posso?"

2) Que os quarenta e muitos que o homem tinha, tinha-os mesmo... Física e mentalmente. E que com aquela postura eu estava sempre à espera de uma reprimenda por me estar a portar mal.

3) Que ele não devia ter reparado na quantidade de vezes que o olhei de cima a baixo e me controlei para não lhe saltar para cima por que, coisas da vida, a carne é fraca. A minha. A dele parecia bem boa.

Com tanta chuva que caiu e eu cheguei a seco a casa. O homem quase que me dava uma medalha pelo meu auto-controlo. É bom que dê. Custou para caraças.

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