MAIS UMA VEZ AVISO QUE SE GASTOU O STOCK DE BOLINHAS VERMELHAS DO ESTAMINÉ NESTE POST APENAS. PROSSIGAM POR VOSSA CONTA E RISCO. FALO SÉRIO GENTE.
Ele era alguém com quem já tinha falado há muito tempo, num tempo em que eu tinha de sentir aquela atracção louca para justificar sequer um café. Ele não insistiu, eu não queria saber dele.
Hoje apanha-me à saída das finanças. A casa dele estava a dois passos da repartição e eu tinha a manhã toda desocupada.
Após dar umas voltas para atinar com o sítio e por invejar as pessoas que se conseguem mover apenas com a ajuda dos mapas, lá cheguei a casa dele. Tinha esperado um bom pedaço para lá chegar a pedido dele, que ainda tinha de tomar banho...
" - Não sei por que é que te deste ao trabalho de te vestir..." - deixo eu no ar...
Não gosto de camuflar intenções. Sei que ele não esperava que eu fosse prestar grande atenção às notícias que estavam a passar no televisor em frente do sofá.
Ignorando o frio, que por aquela altura era mais psicológico do que por outro motivo qualquer, lá dei por mim despido em cima dele, apenas adiando o momento de o ter despido por baixo de mim.
Eu conseguia gostar daquele corpo. Não era o meu sonho de consumo mas o desejo consegue ser como a televisão e acrescentar sempre um pouco de peso às coisas.
Sei que o ditado reza que "se fazes algo bem, não o faças de graça" mas eu sou generoso e embora se diga que "elogio em boca própria é vitupério" a verdade é que devo ser (minimamente) bom no que faço, pois pouco depois ouço um:
" - Não queres abrandar um pouco? É que se continuas assim venho-me logo..."
(Isso ou o homem sofre de ejaculação precoce)
Quanto a vós não sei, mas nunca sentiram terem uma outra "persona" que faz o sexo por vocês? Eu sinto isso, o que se estaca a passar não era uma necessidade minha. O homem era engraçado, tinha um pau que era um mimo, mas quando EU saí dali, não achei que tivesse estado lá dentro.
Não lhe dei grandes explicações. Ele teve o que queria, eu, quer quisesse alguma coisa ou não, tive o "meu momento" sem lhe explicar que, para tal acontecido, ou eu estava muito desesperado por afeição (ou a minha outra "persona") ou ele era realmente um santo milagreiro.
Ao ir embora o homem parecia querer desculpar-se de alguma coisa. Não precisava. Era o que eu queria. Era o que ele queria.
A minha preocupação quando sai de lá era onde iria almoçar. Almocei em casa. O dia está feito.