Uma coisa boa de já se ter visto (e ouvido) muitas coisas na vida é a de já não se levar muitas dessas coisas a sério.
Uma coisa boa de se ter sido gozado toda a vida (e de se continuar a sê-lo) é a de se atingir um nível de "expertise" em que já se pensa num insulto que seria óptimo para nós próprios.
Por isso não estranhei quando as primeira mensagens de uma alminha no Grindr foram:
" - Cérebro sobredimenrsionado e língua com vontade de trabalhar... Pode lá haver melhor..."
" - Onde vives cabeçudo? No Porto não é? Em Coimbra eu. Desces mais para sul de vez em quando?"
Respondi a ambas as mensagens de uma forma educada por que fiquei na dúvida da intenção de tal alma com tais dizeres.
1) Se me queria insultar, só facto de me chamar "cabeçudo" demonstra falta de originalidade. Ponto a menos. Mas que tenho uma língua com vontade de trabalhar lá isso tenho.
2) Se me queria engatar e a única maneira que conseguiu foi apontar-me uma deficiência física visível, acho que quando ele perceber que não é assim que se engata alguém vai ficar mais chocado do que uma galinha.
Senhor, não é assim que funciona, já tentou desligar e voltar a ligar esse cérebro?
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