Agora usa- se. Ponto. Esta frase serve para se achar fantástico o que ontem era horrível, para normalizar a anormalidade, e as pessoas acreditam mesmo que as coisas passam a ser normais a partir do momento em que as pessoas as usam em grande número. Se, há uns anos era impensável andar com «panos da loiça» ao pescoço agora é o que se vê e as pessoas acham muito interessante, não porque a vida lhes disse o motivo para admirarem tal facto mas sim porque as pessoas usam. E quem somos nós para ir contra o que as pessoas pensam? Povinho de Portugal era capaz de andar vestido de palhaço se lhes dissessem que era o último grito.
Agora também se usa dizer- se que é gay/bi, dá um ar cool as pessoas não sabem muito bem o que estão a dizer, mas está na moda. E, assim como há aqueles que não sabem o que dizem, há aqueles que sabem o que querem e são apanhados no meio da estrumeira. Metem tudo no mesmo saco e assim fica o povinho feliz, uma cambada de freaks para ostracizar na próxima ida á televisão, a um dos programinhas reles que mais não fazem do que afirmar a sua inutilidade.
Agora também se usa dizer- se «amo- te» por tudo e por nada. E por isso tudo isto perde o real significado. Tantas coisas que sou, que quero dizer, e que a sociedade fez o favor de tornar moda, algo que um dia destes irá parar num contentor perto de si...
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