Todos querem ter uma história para contar. Há sempre a típica história do primeiro encontro que os pais contam aos filhos:
«Eu e a tua mãe conhecemo- nos em x sitio, eu andei muito tempo atrás dela».
E, não pode faltar o original:
«Foi amor á primeira vista».
A mãe provavelmente acrescentará:
«O teu pai foi o primeiro homem da minha vida».
É uma história que já todos devem ter ouvido, pelo menos uma vez.
Eu não quero ter filhos. Uma criança comporta muitas responsabilidades, mais do que aquelas que eu consigo suportar. Mas, se algum dia, me pedirem, para contar a história da minha vida, amorosa, diga- se de passagem, espero lembrar- me deste dia, desta pessoa, que, daria um novo sentido a essa mesma história.
Não há o o local perfeito, não há a pessoa perfeita, a perfeição é algo que não está ao nosso alcance.
Mas, juro (e no que toca a juramentos faço poucos, quem mais jura, mais mente) a minha história não irá ficar a dever nada a essas que enchem chouriços nos serões de família. Talvez por nunca a ir partilhar num serão de família é tão importante. Todas essas histórias culminam com o casamento. O casamento é a demonstração ao Mundo do Amor que une as pessoas, mas quanto mais vejo a hipocrisia, divórcios, mais me mentalizo que não tenho nada a mostrar ao Mundo, por muito feliz que esteja.
Mas, se as pessoas vêm aqui para ler tristezas, desabafos, que algumas (uns) sejam de alegria, e que possam ao menos ficar, não neste blog, onde mais cedo ou mais tarde, irão deixar de fazer sentido (apesar de nunca me ter arrependido de nada que escrevi, quer aqui, quer noutros locais) mas naquela que será a História da, e para a minha vida.
Então, voltando ao assunto da história, não foi num local idílico (apesar de todo o local por onde passamos com quem representa algo bom para nós, o passe a ser) ,não foi amor á primeira vista (que desilusão para quem queria ouvir uma história de amor perfeita) e quanto a essa palavra, eu devo ter prometido algures que não a iria usar, não sei bem onde, mas serviu para romper com toda a porcaria (não é porcaria no sentido do conteúdo, mas na minha mente de momento) que escrevi em muitos dos posts que aqui coloquei, em que achava que ainda se fabricam príncipes encantados (se ele está na cama da Cinderela, que aí continue!).
A minha história não teve um começo idílico
Não teve um local idílico.
Provavelmente nem teve a pessoa idílica, mas sinto que não podia (e não quero) ter tido melhor.
A minha história, pode não ter nada disso. Mas vai ter sempre uma pessoa muito especial, porque não pediu nada, deu- me tudo, e promete- me mais.
Essa pessoa chama- se Luís e, e todas as histórias pudessem começar com um Luís, teriam certamente um final mais feliz do que muitas outras.
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