A história de Ana Bolena é um desses casos.
Casada com Henrique VIII de Inglaterra, viu a sua vida dar mais voltas do que aquelas que nos nossos dias, conseguiríamos suportar. De irmã da amante do rei, a sua esposa, destronando Catarina de Aragão, sua esposa de muitos anos.
Certo é que, passado tantos anos, nos é impossível muitas das vezes distinguir entre aquilo que é facto comprovado e o que é mito adquirido ao longo do tempo pelas gerações posteriores.
Mas uma coisa é certa, por muitas dúvidas que existam sobre a sua conduta, sobre a sua acção enquanto Rainha, Ana teve tudo e de um momento para o outro, viu a sua cabeça ser cortada, sem uma acusação realmente comprovada. É a prova viva de que todos nós podemos cair e de que, quanto mais alto ascendemos, maior é a queda.
Ana era Rainha. E caiu como qualquer um de nós, que mais não somos do que cidadãos comuns, numa sociedade que não evoluiu assim tanto como pensamos.
Ficam aí as (supostas?) últimas palavras de Ana Bolena:
“ | Good Christian people, I am come hither to die, for according to the law, and by the law I am judged to die, and therefore I will speak nothing against it. I am come hither to accuse no man, nor to speak anything of that, whereof I am accused and condemned to die, but I pray God save the king and send him long to reign over you, for a gentler nor a more merciful prince was there never: and to me he was ever a good, a gentle and sovereign lord. And if any person will meddle of my cause, I require them to judge the best. And thus I take my leave of the world and of you all, and I heartily desire you all to pray for me. O Lord have mercy on me, to God I commend my soul. | ” |
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