Na vida leva tempo a percebermos algumas coisas. Umas mais do que outras. Mas, cada vez mais me capacito que, quanto mais velhas são as pessoas, mais básicos são os seus instintos. Depois de viverem metade da sua vida a ouvir que «a vida não é só brincadeira, é preciso trabalhar, tens de ser uma pessoa séria senão não serás ninguém na vida», passam a outra metade a fazer aquilo que sentiam inibição de fazer por estarem sobre a alçada de alguém mais poderoso do que eles: jogar. Não vejo mal nenhum em jogar, mas, parece que quanto mais avançada é a idade, mais avançado é o preço a pagar por não se saber jogar as cartas certas. Antes estivessem em jogo, carros, casas, qualquer coisa que pudéssemos obter com um pouco de esforço. E não há ninguém que ensine as regras do jogo, as auguras da vida devem preparar- nos para na pior das hipóteses perdermos algo irrecuperável. Como eu gostava de poder jogar, a sério, gostava de poder manipular, de poder ter alguém na mão, mover um peão a meu bel-prazer. Mas depois, de que me vale isso? Quanto mais me capacito da quantidade de merda que se passa na cabeça das pessoas, mais quero fugir deste estigma. Há uma frase, ditado, wtv, que muito se aplica aqui:
Não entres num jogo que não possas ganhar.
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