“Conta-me Como Foi“ atrai os saudosistas do Estado Novo, os que ao ver dois homens aos beijos na rua, exclamam ”O que fazia falta eram dois Salazares“ e os que gostam de ver como se vivia mal em Portugal.
Porém, a crise fez com que o passado surja como um paraíso. O IP falou com Jorge: “Vi um episódio dos anos 70, aquilo é que era vida! Até salivo a ver a família Lopes reunida na mesa, em grandes almoços e jantares, até me apetece dar uma chapada ao ranhoso do puto que nunca tem fome! E o frigorífico tem mais carne que um talho! O Miguel Guilherme tem um bom emprego, um bom salário, uma boa casa, um bom carro e paga tudo a pronto com um maço de notas, como se fosse um traficante de droga actual! E todas as noites vai para as boites de meninas, beber whisky com o patrão José Raposo, com charutos na boca, como se fossem presidentes de clubes de futebol! Grandes tempos!“. AM
http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1467368
Só tenho pena que o artigo não refira a idade do público que proferiu tais barbaridades sobre o tipo de liberdade que antes era vista como uma afronta. É um novo Salazar que irá mudar a orientação sexual das pessoas? É um novo Salazar que irá fazer os vossos filhos apreciarem uma comida que não gostam? Lá por os tempos terem mudado, isso não quer dizer que não existam problemas. Se as coisas são mais fáceis para quem nasce agora? Sim, talvez estejam, mas continuam os problemas para os que estudam, os que segundo dizem os pais, são sempre mais mimados e mais sortudos do que os que lhes pagam os ditos estudos. Saudosismos da treta não fazem falta a ninguém.
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