Novo cd desta banda que é N coisas mas que eu passo, a partir de Meredead, a catalogar como Symphonic Folk Metal. Porque é isso mesmo que Meredead é.
Nos trabalhos anteriores já existiria a tendência folk, mascarada com umas camadas do mais genérico gothic metal meloso que se encontra em qualquer banda do género.
Com essa máscara gothic, os elementos folk passariam para segundo plano, ou para muitos seriam inexistentes, ou seja, não serviriam de muito.
Com Njord, o álbum anterior a vertente gothic metal passou a ser subjugada por esses mesmos elementos folk e finalmente chegamos a Meredead. Assim como o disse para Secret Passion de Imperia, digo- o para Meredead, não esperem encontrar algo inovador aqui.
Esperem encontrar sim, uma melhor conjugação de todos os elementos que Leaves'Eyes foram testando ao longo dos seus três álbuns. Ao contrário de Within Temptation que parecem ter um retrocesso de ano para ano, Leaves'Eyes apresentam melhoras significativas e é com agrado que Loverlorn parece uma memória cada vez mais distante.
Não tão distantes estão os problemas que subsistem tanto na própria banda como no próprio género musical em que se inserem. Agradavelmente Alexander Krull não dá muita da sua graça ao longo do álbum, o que é uma pena (sim estou a ser irónico, fico agradavelmente surpreendido por terem prescindido dos vocais pavorosos deste senhor) mas quando aparece, consegue deixar um desejo tremendo de pular as partes em que tal acontece.
Agradavelmente apareceu, vinda dos céus (pelo menos para mim) uma vocalista feminina (que não faço ideia de quem seja, quem souber que me diga) que em algumas músicas divide vocais com Liv Kristine. É o chamado Rennie para os ouvidos, apesar de neste álbum Liv não se ter arriscado muito a usar o seu "soprano?" preferindo manter se no registo blá blá blá monótono que lhe é característico, o que não é necessariamente mau pois deixa brilhar o que realmente merece ter brilho neste álbum (como em qualquer outro álbum desta banda): a orquestração e o trabalho coral.
Lembram- se de Ragnarok presente em Njord? Lembram- se daqueles fantásticos coros arrastados? Gostaram? Agora imaginem um disco carregado de coros arrastados, poderosos, consistentes, que tornam as músicas autênticas batalhas épicas, dando ao álbum a atmosfera viking/tradicional/lendária que a banda procura nos seus trabalhos. Convém ressalvar que ao contrário de EPICA, que conseguiram tornar os seus coros em autênticas desgraças no seu último trabalho, aqui os coros estão cada vez mais a ser parte integrante da música, são efectivamente a música. Sendo eu assumidamente um fã de coros é suspeito falar tão agradavelmente de tais elementos uma vez que a minha opinião do álbum pode ser muito subjugada pelo que espero encontrar lá (que já estivesse presente nos anteriores lançamentos). No entanto, não são assim todas as reviews? Quero acreditar que sim.
Um 8 para este álbum, algo que não irei comprar pois, como disse Camões, "outros valores mais altos se levantam". Mas este foi sem dúvida um grande "levantamento" na carreira de Leaves'Eyes.
Ora bem o que dizer: ADORO O ÁLBUM, ADORO OS LEAVES' EYES, ADORO, ADORO, ADORO...
ResponderEliminarEstive a ouvir o album antes de vir paqui comentar "besteiraaa" xD Ameiii o album, ameiii!
ResponderEliminarFoi mesmo uma agradavel supresa.. nao gostei nada do Njord, gostava mais do Viland Saga, mas este superou mesmo todos os albuns! Os coros sao fantasticos, lindoss.. as orquestrações igualmente. Gostei das vocalistas convidadas para cantar em dueto.. muito bom mesmo!
Quanto á vocalista mistério.. vi no blo do Mypsace oficial deles (http://www.myspace.com/leaveseyespage/blog) que se chama Maite e é uma soprano (devo dizer que é uma soprano fabulosa, gostei!).. O senhor que entra na "Tell Tale Eyes" chama-se Jonh e tanto ela como ele conheceram os Leave's Eyes no Metal Female Voices Fest e estavam com a banda Diabulus in Musica. A irmã da Liv, a Carmen, também faz dueto no album na musica "Étain" e até essa está fabulosa :)