Pseudo Problemas

Mudámos para melhor. Ou melhor, pensámos que assim o fazemos. Não que tente mudar por querer ser o que deveria ser, o que se esperaria que fosse. Mudo para ser melhor, melhor do que aquilo que sou hoje. E há coisas que não mudo. A minha maneira de falar, de abrir a boca quando mais ninguém o faz, de não ter medo de passar o ridículo. O ridículo é como qualquer outra coisa na vida, é relativo. Tenho noção que há mais quem se ria de mim do que quem se ria comigo. Não importa. Deixar de viver, viver na sombra, viver em prol de outros, soa- me tão duro agora. Talvez porque toda a vida foi assim. E apesar disso continuo a envolver- me e a arranjar problemas por outros, problemas que não me pertencem, que não seriam nada se eu não tivesse o tempo livre para pensar neles. Infelizmente tenho. E penso que as pessoas ligadas a tais problemas não tiram o tempo para pensar em mim.