À COMUNIDADE ACADÉMICA DA FLUP
A entrada na Universidade pode ser marcada por experiências que, frequentemente, se traduzem na dificuldade de integração num grupo que, teoricamente, a praxe académica deveria tentar atenuar, assumindo um papel relevante de enquadramento num ambiente, encarado como hostil, porque desconhecido.
No entanto, lamentavelmente, os rituais de praxe não raro são violadores dos mais elementares direitos humanos. Humilhações de diversa índole, agressões psicológicas e, até, físicas, são atentatórias da dignidade do indivíduo. A Universidade deve ser um espaço que alie a progressiva aquisição de conhecimentos à progressiva consciência de ser e estar no mundo. Práticas gratuitas de diminuição do espírito crítico e de exaltação da arbitrariedade contrariam a missão de uma Universidade.
Neste sentido, e porque a direção da Faculdade de Letras não pode nem deve pactuar com iniciativas degradantes e de cariz vexatório, determino que, a partir do ano letivo 2011/2012, sejam proibidas, nas instalações da FLUP, todas os rituais praxísticos atentatórios da dignidade, da liberdade e dos direitos humanos.
Porto e Faculdade de Letras, 19 de Maio de 2011
A Diretora
Maria de Fátima Aires Pereira Marinho Saraiva
Quero dar um prémio a quem se queixou. Um prémio por, mesmo conhecendo tais comportamentos continuou pactuando com eles. Não deixa de ser curioso que existam queixas mas que quem se queixe sejam sempre os caloiros que eventualmente irão fazer as mesmas coisas que lhes fizeram quando estiverem no terceiro ano.
Sad but true.
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