Já li que há pessoas para quem a vida é uma eterna sala de espera, onde elas esperam, por vezes nem elas sabem o quê e assim passam a vida toda a esperar. Depois de mais uma conversa (e de muitas outras que antecederam esta) cheguei à conclusão que não é a vida a sala de espera. Somos nós. As salas de espera servem para nelas se permanecer enquanto não se é chamado para aquilo que se procura. E, enquanto se está numa sala de espera eventualmente travaremos conhecimento com pessoas que esperam o mesmo que nós e outras que irão para outros locais. Com aquelas que esperam o mesmo poderemos até trocar algumas palavras enquanto que as que não esperam o mesmo rapidamente desaparecem do nosso campo de visão. E essa sala de espera não é senão a nossa pessoa. Não falarei no geral, apesar de ser meu costume fazê-lo. As pessoas vêm em mim uma agradável sala de espera. Não sou o que procuram e dizem-mo desde o inicio. No entanto, proporciono um serão agradável com o qual estão dispostas a prescindir algum do seu tempo. E enquanto não aparece aquilo que procuram permanecem na MINHA sala de espera. E qual é o problema? As pessoas entram, saem, voltam a entrar, voltam a sair e a sala permanece aí. Ás vezes apetece muito fechar as portas a quem quer entrar, ou deixa-las entrar e não as deixar sair uma vez que irão fazê-lo quando encontrarem o que procuram. Queria fechar portas a muita gente, mas depois lembro-me que também elas são a minha sala de espera.
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