terça-feira, 14 de junho de 2011

Idades

Há uma coisa que me atrapalha muito: as idades. A sério, atrapalham-me. Os meus pais têm exactamente a mesma idade e desde pequenino que criei o estigma de que as pessoas só podem namorar e casar com pessoas da mesma idade. É ridículo. Depois cresci e descobri que há coisas mais interessantes (muuuuuito mais interessantes) nas pessoas mais velhas. Não sei se é por causa de traumas de infância, por ter tido os miúdos a olhar para mim na rua, nos supermercados, enfim em todo o lado, desenvolvi uma grande aversão a pessoas com uma idade inferior à minha (embora muitas com idade superior tenham idade mental igual ou inferior). Ora como desenvolvi uma aversão a juventude, toca a procurar os velhos. Ora, mas quando eu digo VELHOS há uma diferença entre dizer VELHOS e dizer DECRÉPITOS. É quase, não sei, como puré de batata: a batata parece mastigada, mas não está, come-se e gosta-se, agora se fosse batata mastigada não se comia e dizia-se que não se gostava. É quase como aquela ideia que se tem de não se querer uma mulher virgem para não ter de se lhe andar a aprender tudo mas não querer uma prostituta que saiba fazer de tudo e mais alguma coisa.
Eu quero alguém que já saiba fazer tudo, é uma chatice ensinar coisas às pessoas, e eu não tenho paciência nenhuma para fazer de professor de quem quer que seja.
ACONTECE que quando me indicam locais para encontrar pessoas, quem mos indica não vai apanhar as figuras que me aparecem na rifa. Sim porque ainda há pessoas dispostas a perder tempo comigo. Oh well antes não houvesse. É que fazem-me sentir velho, a sério. Eu vejo pessoas de trinta e tal (e quando digo trinta e tal, é para cima dos trinta e cinco) e quarentas a contactarem-me e, mesmo com uma cabeça demasiado grande, acho que a quantidade de coisas que me passa por lá não consegue alojar-se toda ao mesmo tempo. OU eu tenho alguma coisa que atraí as pessoas mais velhas (a sério, se eu fizer uma comparação de fotos com famosos, façam isso na net é giro, só me saem pessoas que ou já morreram ou têm idade para serem meus avôs) ou então este mundo tem mais gente desesperada do que eu pensava. É que, a sério, é creepy até para mim que sou open-minded (não, não sou open-assed) compreender certas pessoas. E sinto-me incrivelmente velho quando vejo o público alvo que se sente inexplicavelmente interessado em mim.
Quero ter quinze anos outra vez. Porquê quinze anos? Opá eu descobri muita coisa aos quinze anos.
PS: já sentia saudades de escrever testamentos, vai ser maior do que o meu exame de História do Teatro for sure.

3 comentários:

  1. Eu cá prefiro homens mais velhos!=)

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  2. Ai Teatroooooooo :| aquela mulher mata-me! Deus nos guarde!

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  3. Amén... Deus pode fazer uma paragem pela FLUP na quinta, eu fico à espera dele!

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