E vazou o terceiro álbum de estúdio de Demi Lovato. Este álbum lembra-me tantas, mas tantas coisas que nem sei por onde começar. Mas hei-de começar no momento oportuno.
Eu, e assim como acredito muitas outras pessoas, tinha a Demi Lovato como aquele tipo de cantora pseudo-rock-punk, uma reminiscência da Avril Lavigne. Parece que ela se fartou disso e neste álbum seguiu o caminho synthpop das outras todas. Se não fosse a ausência de autotune na sua voz seria realmente como todas as outras pois a maioria das músicas bem que podia (algumas parecem efectivamente) ter entrado num qualquer álbum pop de alguma cantora mais ou menos conhecida. A presença de nomes como Missy Elliot, Yiaz, Timbaland, só me recorda "Loose" de Nelly Furtado. Mas para o bem dos nossos ouvidos a voz de Demi ainda não atingiu nem de longe a precariedade da voz de Nelly Furtado. Mas a verdade é que a sequência de músicas parece idêntica à da Canadiana, meia dúzia de música com rappers e batidas Timabalianas (o quarteto de músicas que encabeça o disco é de louvar, muito bom mesmo) e depois no final uma dose extra de baladas em catadupa. Bem que a menina tinha dito que o álbum seria bastante diferente do single de apresentação, "Skyscraper" (já agora ouçam a versão castelhana "Rascacielo" que na minha opinião consegue ser melhor do que a original) e este não é de facto um álbum de "retorno". Eu esperava uma espécie de "Goodbye Lullaby" a falar do tempo em que esteva internada, mas foi um grande tiro ao lado. Talvez por ser um tiro ao lado e não ser de todo um álbum melancólico, as poucas baladas que aparecem pelo meio parecem escusadas. "For The Love Of A Daughter" é uma recriação de "Confessions Of A Broken Heart (Daughter To Father)" de Lindsay Lohan (http://www.youtube.com/watch?v=1yJqDTSufBE), não pude deixar de me lembrar quando ouvi, achei demasiado óbvio.
Mas no final de tudo, é um óptimo álbum de retorno (estás a ver Avril Lavigne? Não precisas de fazer uma porrada de músicas lamechas para as pessoas se lembrarem que estás de volta) mas que infelizmente arrastou Demi Lovato para perto das suas amiguinhas Disney que não cantam uma porra e cujas músicas são 90% plástico e 10& talento (quando este existe). No entanto ela será sempre a única que consegue realmente cantar, e isso continua a notar- se neste álbum. De 0 a 10, um 8, pois ainda se consegue ouvir a voz da Demi sem autotune.
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