terça-feira, 20 de setembro de 2011

Stream Of Passion - Darker Days [Review]


Apesar de já ter saído há algum tempo só agora faço uma pequena review para este álbum.
Stream Of Passion sempre foi uma daquelas bandas que considerei diferente das demais independentemente de terem todos aqueles clichés das bandas female fronted (uma "gaja boa", músicas meio deprê e por fim uns toquezinhos orquestrais). O primeiro álbum é daqueles álbuns que só se ouve uma vez na vida, muito bom (embora o mérito não seja inteiramente da banda visto que as músicas foram sobras do mentor de Marcela Bovio, Arjen Lucassen). Um som bastante atmosférico e melancólico que se perdeu um pouco no segundo álbum, "The Flame Within" com uma sonoridade mais rock e sem aquela música que nos deixava com o coração nas mãos (para mim era "Nostalgia"). Em ambos os álbuns aqui e ali Marcela cantava um ou outro verso em castelhano, sua língua materna e soava bem. Não era uma espécie de "cartão de visita" para se conhecer a banda, mas era um ponto curioso, para não falar do timbre de voz dela, que também é bastante agradável.
"Darker Days" é daqueles álbuns que demonstram que não basta juntar o melhor daqui e dalí para que daí surja algo que possa ser considerado inovador e/ou bom.
Quando nas primeiras músicas ouvi uns toques de acordeão fiquei bastante agradado e pensei que as surpresas poderiam não ficar por aí. E não ficaram, apesar de daí para a frente serem somente surpresas desagradáveis. De músicas atmosféricas a banda passou a fazer músicas de arrastão, parecendo que usam o mesmo riff de guitarra vezes e vezes sem conta não apenas numa música mas numas quantas seguidas (fez-me lembrar o álbum dos Amaranth, uma banda que muitos consideravam uma grande revelação no Melodic Death Metal mas que parece só conhecer um acorde de guitarra durante o álbum inteiro). E, não sei se só a mim me desagrada, a mim desagrada-me imenso estar a ouvir um cd na sexta faixa e achar que estou na quarta ou na quinta, não por estar a ser tão bom que passa depressa, mas por ser tão mau que nunca mais acaba. Músicas como "Spark" e "The Scarlet Mark" conseguem revelar-se interessantes, mas depois Marcela arrisca a cantar metade castelhano-metade inglês e vai tudo abaixo. Não que não o tivesse feito antes mas neste álbum pura e simplesmente essa mudança é desenquadrada e inútil, não acrescentando nada à música. Talvez por ser um álbum tão maçudo, dá-me uma sentimento de pesar enorme, pesar pela minha vida e pesar pela carreira da banda.
5/10, uma banda que não soube ou não quer evoluir, passando a ser, assim como os novos Evanescence, uma cópia da banda que foram em tempos. Cópias dispensam-se.

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