Lembro-me de quando frequentava as aulas de natação, tinha um medo enorme de dar saltos para a piscina, a ideia de me afundar na parte mais funda das piscinas era um trauma que tinha desde pequeno e carreguei-o durante anos. Na altura de saltar, deixava-me ficar para último e quando saltava, tentava sempre fazê-lo abaixo do nível da plataforma. Depois, com o tempo comecei a verificar que o meu medo ia aumentando à medida que esperava e que, se fosse logo, sem pensar muito naquilo que fazia, não me custava tanto. E assim ia fazendo, não adiava o inadiável pois de uma forma ou de outra iria saltar, bem ou mal, iria saltar.
Há muitas coisas que irei deixar por dizer, ou por não ter coragem ou por achar que não valem a pena, mas há pelo menos uma coisa nesta vida que tem de ser dita. O que faço eu? Pareço um organizador de eventos, imagino-me a contar no Natal, no Natal não, no meu aniversário (3 de Janeiro), não, no meu aniversário não, quando a minha Mãe estiver melhor, não, poderá demorar muito, melhor não...
E assim se adia algo que não deveria ser nunca adiado... Há 2 anos disse a alguém que não queria chegar à sua idade e continuar a mentir para as pessoas que me são próximas... Mas mais uma vez nunca faço aquilo que prego. É o habitual.
"Faz o que eu digo, não faças o que eu faço" - já diz o povo.
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