Kelly Clarkson - Stronger [Review]

Quinto álbum de estúdio para a americana Kelly Clarkson, lançado dois anos após o festivo “All I Ever Wanted” que sucedia por sua vez ao sombrio “My December”. “Stronger” está algures entre os dois, com a benesse de fazer lembrar os tempos do áureo “Breakaway”, o meu álbum favorito da cantora (não me peçam para falar de “Thankful” , considero-o um álbum extremamente desnecessário e previsível) .

A avaliar pelo nome do álbum e pela capa pensei seriamente, como referi em cima, que fosse um “My December pt.2” ainda para mais com aquele single de apresentação dedicado àqueles que fazem da vida de Kelly Clarkson um verdadeiro inferno. Porém, depois ouvem-se temas como “What Doesn't Kill You [Stronger]” ou “Einstein” e tem-se a percepção de que a cantora tem várias vertentes. No entanto, é nas baladas que ela mostra todo o seu potencial (não fosse o seu maior sucesso a balada mais do que riscada “Because Of You”). No entanto desta vez não há uma discrepância de sonoridades entre esses dois tipos de música, tendo as baladas também a sua quota parte de peso, como em “Dark Side” ou “The Sun Will Rise”, faixa que encerra o disco e a minha favorita de todo o álbum. Destaque também para “The War Is Over” e “Let Me Down”.

Acima de tudo é de louvar o equilíbrio e diversidade de sonoridades que o disco apresenta (incluindo ainda a incursão country de “Don’t You Wanna Stay?” com Jason Aldean) embora pessoalmente tenha de reconhecer que ainda continuo à espera de ouvir o vozeirão que ouvia em músicas como “You Found Me” ou “Hear Me”.

No entanto, é um [grande] passo face ao álbum anterior e isso, nos dias que correm e com a estrumeira que anda por aí, é de louvar, apesar de a Kelly Clarkson ser daquele tipo de artistas que eu seria capaz de louvar mesmo que lançasse sempre a mesma coisa, pois a voz vale por si só.

8/10