Quando éramos pequeninos e fazíamos as famosas "asneiras" e éramos apanhados não víamos mal algum em deitar as culpas a outros que ali estivessem connosco:
"a culpa é de fulano x, cicrano y"
Mesmo que tais pessoas não tivessem feito nada e levassem com as culpas em cima, isso não nos retirava aquele sentimento de orgulho, de liberdade, de deixar de carregar um fardo que sabíamos ser nosso e que mesmo assim demos a outrem para nos sentirmos melhores connosco mesmos.
Com o passar dos anos, deitar a culpa nos outros não chega. Claro que é sempre mais fácil dizermos que não há nada de errado connosco e que se as coisas deram para o torto, a culpa é exclusivamente de quem está do outro lado.
Ás vezes é preciso, perdoe-se a expressão, ter colhões para, pelo menos uma vez na vida se dizer:
"Não, a culpa é minha também e não vale a pena deita-la noutra pessoa qualquer pois isso não irá fazer com que a minha dose de culpa desapareça."
Mas ninguém disse que admitir isso iria ser fácil. Por que quando a culpa é dos outros, nós simplesmente virámos costas e o que se passou, passou. Quando sabemos sermos portadores da culpa, ela acompanhar-no-
á por muitas vezes que viremos as costas àqueles que julgámos sempre serem as razões dos nossos problemas e em quem sempre tínhamos podido deitar as culpas que no fundo, eram sempre nossas.
Quase tudo o que corre mal tem pelo menos uma pequena parte de culpa nossa.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarahah não te preocupes fábio, o que as pessoas escrevem não me faz mossa...
ResponderEliminarnevermind brigado pela disponibilidade, mas gay stuff belong to the gays...
mas danke anyway