Hoje para a entrevista que referi anteriormente levei vestida uma camisa branca que uma vizinha minha me cedeu gentilmente a custo zero [muito obrigado minha senhora]. Uma coisa curiosa sobre camisas é que se forem pretas toda a gente diz que andámos de luto, se forem brancas dizem que vamos à madrinha, disseram-me esta última na camioneta no caminho para casa. Ao contrário de muitas pessoas que gostam de fazer mil e uma dobras nas camisas eu uso-as de mangas descidas simplesmente, sem grandes trabalhos.
O senhor meu pai ao ver-me prestes a sair de casa com a camisa num estado perfeitamente apresentável diz-me:
- Vais sair com a camisa assim? Hoje em dia ninguém usa as camisas assim, ora chega aqui que eu dou-te um jeito nisso.
Muito a contragosto lá o deixei começar a mexer-me na camisa. E agora vem a parte interessante. Meus colegas lusófonos, estão familiarizados com uma figura chamada Zé Povinho?
Conseguem ver a forma como a manga da camisa está levantada do lado direito do senhor Povinho? Pois bem o senhor meu pai encontrava-se a fazer o mesmo à manga da minha camisa até eu me lembrar desta célebre personagem e pensei seriamente que se o Zé Povinho nos poderia ensinar alguma coisa seria como NÃO usar as mangas das camisas levantadas correndo o risco, quem o fizer, de poder ser confundido com um alentejano labrego.
Sobre a entrevista, bem, estou cansado doem-me as pernas e não me parece que tenha ganho alguma coisa com isso.
ahahahahahah adoro ler estas vicissitudes!
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