quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Divagando Pelo Monte

Ontem já não aguentava mais estar em casa e fui dar uma volta. Opá é preciso, nem que seja para dizer mal da minha vida baixinho sem ninguém ouvir. Mas depois lembrei-me que moro numa porcaria de uma aldeia. Sabem por onde andou o senhor Logan? Pelo meio do monte, sujeito a perder-se, magoar-se ou pior ainda ser violado no meio dos pinheiros e eucaliptos [vá, dependendo da violação eu podia queixar-me OU não]. A sério o Capuchinho Vermelho quando foi a casa da avozinha deve ter passado aqui pela Parvónia só pode, por que monte/floresta é o que mais há pelas redondezas. E nem posso dizer que se me meter no monte irei parar a algum mundo encantado ou algo do género por que a única coisa que se vê é mais monte, mais lama, mais árvores, mais tudo aquilo que considerem que um monte deve ter. 
Nem é possível pensar-se na vida enquanto se passeia pelo monte, não é! É fofo pensar-se na vida enquanto se está na cidade a ver as montras ou a percorrer ruas cheias de gente e nos achamos pessoas com uma densidade emocional superior à do comum dos mortais. Não é fofo pensar-se no que quer que seja quando se passeia pelo monte. É assustador. Bastou ver passar um carro por mim no meio de nenhures que pensei logo:

" LOGAN! os três já ninguém tos tira, mas tens algumas peças de roupa no corpo que podem não voltar contigo para casa!"

Claro que isto fui eu a passar-me da cabeça sem razão nenhuma pois o carro continuou o seu caminho e eu continuei o meu sempre com aquele cheirinho de medo entranhado na roupa interior [vá sempre é melhor do que certos cheiros que circundam essas partes].
E tanto andei tanto andei que cheguei a casa com a mesma disposição com que tinhas saído. E lá tive de ouvir o "Ah e tal não sei quê estás em casa há meia dúzia de dias e andas para aí pareces o pano da paixão."


Pois bem amanhã o pano da paixão vai vestir o seu fato que lhe assenta muito bem e vai deprimir para o Hotel Sheraton. Por que até para se deprimir é preciso ter classe!

6 comentários:

  1. Por acaso quando vou pensar na vida gosto de ir para uma rua em Lisboa, com prédios enormes e sentir-me pequenina, não sei explicar...

    Estás em que aldeia se é que se pode saber? Eu no Verão passado fui para uma aldeia com uma amiga e de facto, à noite, os montes e árvores impõe respeito.

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    1. estou numa aldeia de Penafiel.

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    2. Andreia Sofia, faço precisamente a mesma coisa! Vou sempre para sítios onde existam prédios bem altos para me sentir pequena! (não sou louca, afinal!).
      Logan, devias aproveitar para tirar fotos nessas caminhadas! ;)

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  2. Oh, eu gosto de andar pelo meio das árvores ^^ Desde que conheça o lugar ou que não esteja sozinha xD Prefiro os lugares mais calmos para pensar na vida. Na cidade, para mim, não dá...só consigo pensar naquilo que tenho ou posso fazer no momento...

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  3. estou com a IceQueen, mas percebo-te... também moro numa aldeia, e quando faço o percurso casa-paragem de autocarro e vice versa sozinha vou cheia de medo... mesmo que eu grite ninguém deve ouvir acho eu xD

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    1. só que quando eu falo monte é mesmo monte, não é perto de nenhuma estrada onde passem camionetas, se passar um carro de hora em hora se calhar já é muito.

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