domingo, 18 de novembro de 2012

Little Mix - DNA [Review]



Data de lançamento: 19/11/12

Tracklist:
01 Wings
02 DNA
03 Change Your Life
04 Always Be Together
05 Stereo Soldier
06 Pretend It’s OK
07 Turn Your Face
08 We Are Who We Are
09 How Ya Doin’ ?
10 Red Planet
11 Going Nowhere
12 Madhouse

 O fenómeno Spice Girls teve uma repercussão tal nos anos 90 que desde então as pessoas não estão muito interessadas em ouvir falar de girlsbands [embora tenham surgido várias desde então com sucessos variáveis]. Por isso quando estas meninas, vencedoras da oitava série do X-Factor britânico, lançam o seu álbum de estreia como sendo a nova girlsband sensação no Reino Unido um sem número de lugares comuns é esperado e infelizmente elas não são a excepção à regra.
Numa girlsband existe sempre aquele membro que canta melhor, é um facto. Aqui é a loira Perrie Edwards que tem um vozeirão que apaga completamente o das colegas. Por isso a sua voz fica reservada para aqueles gritos finais de que as pessoas gostam. Escusado será dizer que em muitos dos temas mal se nota a sua participação durante a maior parte da música por que isso implicaria suplantar as colegas. Mas é importante frisar que cada uma tem voz, um estilo próprio e não há aquela ideia de que alguém está ali para servir de sombra. Jesy Nelson [a da parte superior esquerda da capa] tem os momentos beatbox e a voz rouca e entrecortada,  Leigh-Anne Pinnock [parte superior direita] os momentos “hip-hop”  e foi talvez a que mais me surpreendeu pois sempre tivera a sua voz como a mais fraca mas superou-se neste álbum,  Jade Thirlwall [parte inferior direita] tem a voz de cantora R&B a fazer lembrar Beyoncé e semelhantes e Perry Edwards, bem, tem o vozeirão.
Teen pop típica de girlsband. Este é talvez o ponto mais fraco deste álbum. Quem ouvisse o tema-título, uma espécie de “E.T” de Katy Perry esperaria encontrar músicas com mais atitude, que se destacassem do quê seria expectável. Porém temas como “Always Be Together” , “Change Your Life” ou “We Are Who We Are” conseguem ser de uma banalidade desapontante.  Em contrapartida conseguem apresentar temas como “Pretend It’s OK”, “Red Planet” ou “Going Nowhere” que por si só arrumariam todas as outras girlsband surgidas nos últimos anos por que são deveras temas com uma aura completamente diferente do que seria de esperar.
Tenho de realçar o que já no programa era apontado pelos jurados e que eu penso ser verídico: não se pode esquecer que estas meninas foram juntadas por terceiros e não por obra de Nosso Senhor Jesus Cristo mas a verdade é [e ouvindo o álbum muitos o entenderão] é que estas meninas parecem ter sido destinadas a cantarem umas com as outras. A falta de harmonia vocal entre elas, um dos problemas apontados por Kelly Rowland durante os shows,  está morta e enterrada e é impossível conter um sorriso quando se ouve “Pretend It’s OK” ou “Change Your Life” [ou a versão acústica do tema-título presente na versão deluxe do álbum] e são perceptíveis harmonias vocais perfeitamente executáveis. Viver e aprender minha gente, parece que já provaram aquilo que queriam.
Em suma, quem espera ouvir algo de verdadeiramente novo em “DNA” sairá desapontado por que é um álbum de estreia pop de uma girlsband pop saída de um concurso mainstream. No entanto para quem quer ver como se dá um pontapé no cliché das girlsband sem talento ficará agradavelmente surpreendido.
7.5/10

2 comentários:

  1. Grande artigo Logan. Muito bom, crítico e informativo. Kisskiss :)

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    1. obrigado, acima de tudo quero que as pessoas sintam curiosidade em ouvir aquilo que eu ouço e se possível que concordem comigo... lol

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