We Accept The Love We Think We Deserve

E é com esta citação ["The Perks of Being A Wallflower"] que posso encetar todo um fascinante e entediante post sobre a minha [pseudo] vida amorosa.

Quando se é feio como merda só há uma coisa que se pode aceitar: o que aparecer. E vão por mim, aparece muita coisa boa e aparece muita merda.  Mas por algum mistério sagrado quis Deus que a segunda parte aparecesse sempre em maior número e mais disposta a aturar a pessoa [mais animal] que eu sou.

Em conversa com muita gente, quando digo que sou meio passado, elas desviam o olhar e riem, como se essa fosse uma catch frase muito pouco convencional.

Mas é verdade. E por isso que eu não me sinto no direito de merecer alguém que seja verdadeiramente decente. Por que eu não sou decente. 

Mas como qualquer desequilíbrio mental, sabe-se uma coisa e faz-se outra. Por que assim como a alguns alcoólicos não convém conviverem com os da sua "espécie" a mim também me faz mal conviver com pessoas que são uma merda. Talvez por que me reveja nelas e saiba que consigo ser tão mau ou pior do que elas. Mas uma grande parte de mim sabe que devido ao meu historial [passado, presente e muito certamente futuro] que no fundo [bem no fundinho] é o que têm na manga para mim.

Claro que pode sempre ocorrer aquele momento cinematográfico em que aparece uma alma vinda de nenhunres montada num cavalo branco que lança poios enquanto cavalga mas é aí que entra aquela parte de mim que deveria suplantar todas as outras: a de pessoa realista.

Sou aquele tipo de pessoa que não gosta de casais disfuncionais, e isso aplica-se também a mim próprio. E para disfuncional, disfuncional e meio.