sábado, 16 de fevereiro de 2013

Sobre A Perversidade



"[...] Estou tão certo de estar vivo como estou de que o mal ou o terror que conduz a um acto qualquer é, com frequência, a única força invencível que nos impele, sim, que nos impele exclusivamente a continua-lo. Esta tendência imperiosa de fazer o mal não admite análise nem resolução em elementos posteriores. É um impulso radical, primitivo, elementar. Pode dizer-se, e disso tenho a certeza, que quando persistimos em certos actos é por que sentimos que não deveríamos persistir neles. [...]" 

in "O Demónio da Perversidade"  - Edgar Allan Poe

Acredito veemente nisto que aqui coloco. Quanto mais erradas certas atitudes e certas pessoas se apresentam mais vontade dá de as fazer ou de as seguir. E não adianta dizermos no final que estávamos possuídos ou que não sabíamos o que estávamos a fazer. Nós sabemos sempre. Estámos desejosos de sair da nossa zona de conforto mas mal preparados para lidar com as consequências que daí advêm. E depois deitámos a culpa em quem está mais perto de nós. A culpa nunca morre sozinha. 

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