Cada pessoa tem a sua própria história, nunca faço comparações, o melhor ou pior de cada uma são muito relativas. E hoje em dia existe muita gente com vontade de contar as suas histórias e poucas pessoas com vontade de as ouvir. Eu não tenho vontade de ouvir as histórias de quem quer que seja. Aborrecem-me. E não muda em nada a história de quem conta. Pode-se sempre utilizar as frases clichés que se ouvem nos filmes lamechas para dar a entender à pessoa que está do outro lado que não se é nenhum cabrão sem sentimentos, mas acredito que fingir estar minimamente interessado na história que me estão a contar será dar uma maior prova disso mesmo.
Paradoxalmente gosto de contar a minha história e que as pessoas a ouçam mesmo que não digam nada. Sempre é melhor do que ouvir as tais frases que não levam a lado nenhum. Mas hoje em dia já não se sabe quais são os locais apropriados para fazer isso. Se estámos num psicólogo ele irá encontrar os mais estapafúrdios sentidos em coisas sem importância ou explorar o paciente até ao tutano. Se se conta a um amigo esse amigo irá fazer o que a maioria dos amigos fazem: dar a entender o seu ponto de vista, provavelmente colocar-se-á do outro lado mas irá acabar de ouvir e seguirá com a sua vida como se não tivesse ouvido nada.
Diz-se que para a maioria das pessoas só o facto de contar as suas histórias é terapêutico. Eu gostaria de ter uma terapia gratuita se possível. Provavelmente fazer o que elas fazem e contar a mesma história vezes e vezes sem conta, a ver se cola, a ver se muda alguma coisa.
Ouvir as histórias dos outros é bom, assim como contar as nossas.
ResponderEliminarahhh é confuso né mas é um bom filme!
ResponderEliminarO meu blog funciona como uma terapia, até porque não tenho tempo nem crença para psicólogos.
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