segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Sobre O Caso Dos Estudantes No Meco

Como qualquer desgraça que se preze esta já começa a ser demasiado noticiada e, por isso mesmo, leva a que se comecem a tirar conclusões em demasia de um assunto que pode ser facilmente explicado.

A MAIORIA [em letra grande, para não dizerem que estou a falar de todas elas] das praxes é estúpida. Ponto. Não tem qualquer objectivo educacional, não se tira nenhum conhecimento dali. Por isso as pessoas não se podem surpreender por ser pedido aos estudantes uma coisa tão estúpida como entrar num mar revolto a meio da noite. Não vai ser uma desgraça que irá mudar isso.

Acho irrisória a tentativa de se culpar a Universidade pelo que aconteceu. Se as Universidades não se responsabilizam pelas praxes que ocorrem dentro dos seus recintos não iriam fazê-lo num acontecimento que se deu fora deles.


Última, não menos importante e no entanto mais polémica conclusão que se pode tirar de tudo isto: um estudante universitário tem, pelo menos 17 anos quando ingressa no Ensino Superior. Aos 17 anos [idade que todas as vítimas deste caso ultrapassavam] ninguém é obrigado a fazer o que quer que seja fora de sua casa. Quando são apresentadas escolhas a alguém, uma pessoa pode aceitar ou recusar. De certo que nenhuma das vítimas deste caso foi obrigada a fazer o que as levaria a uma posterior morte. Poderiam ter dito NÃO. E é isso que as pessoas parecem não compreender, tentando fazer deles os primeiros mártires de 2014

2 comentários:

  1. Eu conhecia um rapaz que esteve envolvido nisso e não sobreviveu. A verdade é que ninguém sabe o que se passou e toda esta especulação só está a prejudicar a família, amigos e as próprias investigações.

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  2. As praxes são estúpidas e ponto final. Os jovens que morreram viviam em democracia mas obedeceram cegamente a um 'dux' (só o nome remete-me logo para uma coisa de Estado Novo!)... Apenas lamento pelos pais que perderam os filhos estupidamente.

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