sexta-feira, 8 de julho de 2016

O Encontro Mais Rápido De Sempre


Ok, em toda a minha vida a (tentar) engatar homens (e a ser engatado) nunca tinha tido um encontro tão rápido (e tão estúpido) quanto este. Mas há uma primeira vez para tudo. Como diria Jack o Estripador, vamos por partes:


Convém dizer, para justificar a estupidez do que aconteceu, que eu, assim como a senhora dos apanhados, "dou a cara" ou seja, os (in)felizes que já tiveram a (in)felicidade de se encontrarem comigo já sabiam que a minha fronha não era de almofada mas que mesmo assim servia para eles deitarem a cabecinha (e mais alguma coisa) se quisessem.


Eu e o P conversávamos há meia dúzia de dias, ele era Francês, mas falava um Inglês perfeitinho, e convenhamos que pelo (pouco) que eu tinha visto do Senhor, não podia dizer que ia mal servido. Ontem, ao final da tarde, pergunta-me ele se eu estaria disponível para um encontro hoje à tarde. Por que não? Tinha de ir ao banco, à Bertrand, matava três coelhinhos de uma vez só (Logan, o serial killer) e poderia ser que matasse mais alguma coisa.


Combinámos encontrar-nos junto à estação de metro da Trindade e eu, após uns cinco minutos à espera dele, vejo um homem, alto que nem uma estaca que, deduzi imediatamente ser o que me tinha calhado na rifa. Deduzi também que, embora já me tivesse visto, ele não fazia a mínima ideia que era eu. 
Eu, despistado desde o tempo da Maria Cachucha, pensei " - não és homem não és nada se não fores à beira do homem perguntar se é ele ou não...". Se não fosse podia sempre alegar que era um turista que andava perdido ou assim. Reuni toda a coragem que tinha nas minhas duas bolinhas e perguntei:

" -  I'm sorry, are you Pascal?"

E, hum, acertei.


O homem era alto que nunca mais acabava.. E vi logo na cara dele que ficou de pé atrás. 
Confesso que já nem me lembrava do que é que ele queria. Tinha falado de tomar alguma coisa ou de irmos para o seu hotel mas já nem me lembrava se ia ser festa popular ou da mangueira. Percebi imediatamente pela sua expressão facial que não ia haver festa para ninguém.


Dizia-me ele que hu,, "ah e tal não sei quê não queria perder tempo e que se quisesse podíamos ir tomar alguma coisa mas que eu não fazia o seu género de homem..."

Quem percebeu que não queria perder tempo fui mesmo eu e, ao invés de ir tomar algo com ele, fui tomar um arzinho noutra zona qualquer, longe dele. 


Não me interpretem mal. Eu lido bem com a rejeição, é o pão nosso de cada dia por estes lados. Só achei a atitude do senhor um tanto ou quanto desnecessária. Mas hey, tudo de bom para ele. À pala disso fui às compras para desanuviar e trouxe umas camisas todas giras.

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