terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O Livro Que Não Posso Levar Para O Trabalho


Quando o J mo ofereceu e me explicou do que tratava, eu já sabia que coisa boa não vinha dali.
Comecei a lê-lo em casa e após duas páginas deixei-o em cima da mesa da sala. Passado pouco tempo vejo os olhares de desconfiança do Senhor meu pai à capa do livro. Decidi nunca mais o deixar em sítios públicos.

Numa altura em que sou capaz de passar horas sem nada vender, ter uma distracção é sempre bom, e, se foi no trabalho que dei o maior vazão a "Grandes Esperanças" pensei poder acabar este rapidamente no mesmo local.

Desisti, passadas meia dúzia de linhas. O senhor é DEMASIADO descritivo. E quando alguém usa a expressão "tesão para trabalhar" decerto que não fala do tipo de tesão que quase me ia atacando ao ler algumas passagens do dito. Para verem que eu não brinco, deixo-vos aqui umas linhas para verem o nível da coisa:

" Enquanto estancava o seu próprio sangue, Mony assistiu a este espetáculo perturbante: deitadas em sentido contrário, Cuculina e Alexina lambiam-se sofregamente. O grande cu de Alexina, branco e arredondado, balançava-se sobre o rosto de Cuculina, as línguas compridas como pilinhas de crianças, deslizavam com firmeza, a saliva misturava-se com a langonha (...)"


E a coisa vai por ali fora.... Minha gente, não.

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