domingo, 19 de fevereiro de 2017

O Homem Das Calças De Fato De Treino

Entre as muitas peças de roupa que eu acho verdadeiramente pavorosas, encontram-se calças de fato-de-treino, São uma peça medonha para se trazer à rua, a menos que venham fazer desporto, e, se é desporto que querem fazer, têm sempre calções sabiam?
Mas há sempre aquela vez em que, até a coisa mais pavorosa nos surpreende (ou o que está dentro dela).

Sabem aquele estilo de "gajo-chungoso-de-bairro-com-sotaque-nortenho-com-bruta-barba-e-que-em-dez-palavras-diz-onze-palavrões"? Eu sou capaz de ter um fraquinho (muito grande) pelo género (eu sei, é muito mau, mas eu não posso ter bom gosto em tudo né?).

Não me perguntem a primeira vez que o homem veio até a uma das bancas, nem com que frequência comecei a vê-lo quase todos os dias à nossa (minha e do J) beira, Só sei que há dias estive a esta distância (-) (à distância do tracinho, para ser mais explícito, como vêem é um tracinho pequenino) de lhe saltar para cima (ou de me ajoelhar, venha o diabo e escolha).

Será que ele tem noção da quantidade de vezes que passou a mão na frente das calças? E será que ele tem noção da quantidade de vezes que euzinho, com estes cinco olhos que a terra há-de comer consegui ver o volume que ele tinha lá metido? E da quantidade de vezes que tive de me virar para outro lado a medo de me colar e quando fosse a dar por mim estaria já a fazer outro trabalho? (muito mais prazeroso mas menos lucrativo).


À pala de tomar conta do carro dele, deixou o seu número com um colega meu e eu consegui guardar o papel com o dito. Estou à distância do tracinho (do mesmo tracinho) de lhe ligar. Mas depois lembro-me que ele se vai casar e a vontade passa-me.
Não gosto de partilhar.

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