Para O Infinito E Mais Além! #2

#1 AQUI.

Estão recordados daquele senhor motorista de quem vos falei AQUI? (mesmo que não se lembrassem, ou nem sequer soubessem da existência de tal pérola, é sempre bom lembrar ou dar a conhecer). A verdade é que, passados estes meses todos o homem continua a guiar as mui famosas camionetas da Parvónia para o Porto. E a guiar-me a mim da Parvónia para a loucura.

Há dias estou eu a passar por um jardim, pouco depois de ter chegado à cidade e ele passa por mim, vindo não sei de onde, e cumprimenta-me. Visto que não conheço o senhor de lado nenhum a não ser dos transportes (e vice-versa) e que as únicas palavras que trocamos são as saudações habituais que ele deve trocar com dezenas (ou centenas) de pessoas por dia, seria normal que passasse por mim e não ligasse. Mas ele ligou. E eu estive à altura. 

Por fora:

Por dentro:

Poucos dias depois, vejo-o com umas calças salmão que, verdade seja dita, não é cor que me faça apaixonar, nem a cor nem o peixe. É raro comer tal coisa. Mas o que aquelas calças tinham lá dentro minha gente, minha gente... Eu, que nem sou grande apreciador de glúteos, estava seriamente preocupado com a possibilidade (nada remota neste caso) de os dele rebentarem com as costuras de tão apertados que estavam dentro das calças. E como estava a falar de comida, eu que até sou todo picuinhas a comer, como sempre de faca e garfo, acho que ali era mesmo à dentada. No mercy.

Não se faz Senhor, não se faz. Depois questiona-se de onde advêem os acidentes. Com um rabo desses quer que quem esteja atrás de si olhe para onde?