sexta-feira, 3 de março de 2017

Quando O Emprego De Alguém Depende De Nós

Quem começa, tem de começar por algum lado. E começar-se num local onde, as rotinas são sempre as mesmas, as frases já estão estudadas, e tudo está decorado, pode ser ingrato (é-o deveras).
Já perdi a conta aos estagiários que me passaram pelas mãos, uns mais empenhados, outros sem empenho algum. Apenas dois ficaram a trabalhar depois de terminarem o referido estágio.
Hoje colocaram-me um caso diferente. Não era uma estagiária. Era alguém que, assim como eu lá estive há alguns anos, foi à experiência, e, se se saísse bem, lá ficaria a trabalhar.

A meio da tarde fui chamado para dizer de minha justiça.

O que dizer de alguém que está a começar, que não tem rasgo no dia-a-dia tão batido para alguém que já lá anda há anos? Fiz ênfase à vontade da pessoa em questão de aprender, e do esforço que estava a demonstrar. Disseram-me que assim o tinham notado e que contavam com a minha opinião para tomarem uma decisão definitiva. A ficar, provavelmente irá trabalhar muitos mais dias comigo, dias esses em que espero (e acredito) que melhore.

Muitas vezes se diz que aquele emprego é uma escola. E é mesmo, para mim também o foi, independentemente dos estudos universitários que tinha, que mais ninguém ali possuía.

E lembrei-me da oportunidade que me deram, dos meses que passei desempregado em casa e da vontade que tinha para trabalhar. E vi um pouco de mim naquela moça. E disse que sim, para ela ficar.

6 comentários:

  1. Espero que tenham bom ambiente de trabalho :)

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  2. Por vezes nossas vidas pessoais nos ensinam a sermos menos severos com os outros. Parabéns pela atitude e que tenhas uma boa recompensa por isto. Que a moça saiba corresponder sua atitude.

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    1. Não sei se efectivamente ela ficou com o lugar ou não, mas não achei que tivesse tomado uma decisão errada ao interceder em favor dela.

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