quarta-feira, 28 de junho de 2017

O Peidinho Do Salvador


Não vi a gala, há meses que não vejo um programa de televisão. Mas tanto burburinho no Facebook (das sérias e honestas, amigas do nosso amigo Francisco, e do povo que come tudo que se lhe põe no prato) levou-me a ver o vídeo do acontecimento mal cheguei a casa.

Lamentando fazer spoiler do vídeo para quem (ainda) não viu, face ao jorro de aplausos escusados por parte da plateia, Salvador afirma que, se desse um peidinho, a plateia aplaudiria mesmo assim. E a plateia aplaude a ideia. Como uma boa plateia. Como o bom português que censurou a Judite de Sousa por fazer reportagens junto a cadáveres mas que adora a ideia de uma boa bufa largada em frente a milhares de pessoas, ao vivo, numa sala repleta de gente, numa gala de solidariedade para as vítimas do acontecimento que a supracitada Judite tão macabramente cobriu.

À sua maneira muito pouco ortodoxa Salvador colocou um espelho em frente de meio Portugal e riu-se. Este, Portugal és tu. Se eu cantar, tu aplaudes. Se eu peidar tu aplaudes.

Por que, em Portugal, a linha entre o ouro e merda é muito ténue. Em tudo. Daqui a um ano, quando numa (re)aparição para cantar o seu novo tema aquando da realização do Festival Eurovisão em terras Lusas, Salvador irá falar sobre largar um pedidinho. E será vaiado por aqueles que agora encostariam a cara às suas nádegas de forma a captar o cheiro.

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