Acredito já ter falado que sempre que passava junto ao salão da Jean Louis David me questionava se a escolha dos funcionários se fixava num único critério: parecem o mais gay e sexy possível. E andava com a pulga atrás da orelha para lá ir, só para ver a qualidade do serviço.
Farto de andar a depender de agendas de cabeleireiros e chegando ao shopping bastante cedo aproveitei ver o salão vazio e pedi para cortar o cabelo. Não podia deixar de ser atendido por um funcionário como aquele que descrevi em cima. Consolei logo a vista.
Perdi a conta às vezes que a cabeleireira me perguntava se estava a gostar do corte. Confesso que sou a coisa mais desleixada no que toca a assuntos capilares. Só corto o cabelo quando a preguiça para o pentear todas as manhãs me começa a toldar a paciência. Provavelmente foi isso mesmo que respondi à senhora... Para além do mais a senhora era cabeleireira, não era santa... provavelmente não iria conseguir operar nenhum milagre ali. Efectivamente não conseguiu.
Corte feito, convém dizer que o facto de estar ensonado me impediu de cair de cu quando o senhor me disse o preço. Mas aconselho. Quanto mais não seja para tirar a vista de misérias.
Sem comentários:
Enviar um comentário