sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O Encontro Mais Condenado De Sempre

Conhecem aquele sentimento de "isto não vai resultar" que todos nós decidimos ignorar até experimentarmos o acto condenável em que estámos a pensar até que a altura da condenação chega e vocês não têm mais ninguém para culpar senão vocês próprios? É, aconteceu comigo hoje.


Se eu já tinha percebido pela conversa que o Lex (uma pessoa tem de variar nos acrónimos) tinha uns trejeitos que não me agradavam? Epá tinha. Mas tinha de tirar a prova dos nove. Ainda para mais o homem era (e é, confere) giro para caraças.


Quem é que manda um pedido de desculpa pela desilusão causada só por que se atrasou? Ele. Só ele. Só por que se atrasou dois ou três minutos. Provavelmente pensou que me iria desiludir também em termos físicos mas não. Continuei a achar-lhe a melhor das graças. A ele. Aos trejeitos é que não.


Eu sei, sou uma pessoa horrível. Não me interpretem mal. Para aqueles de vós que estão acostumados com este tipo de gíria, será errado dizer que esperam um comportamento efeminado de um passivo mais do que de um activo ou versátil? Tendo sempre passivo nunca fui nem senti necessidade de me "abixanar" de forma a arranjar companhia, tanto por não se coadunar com o meu feitio assim como por achar a coisa um tanto ou quanto estranha. No entanto é esse tipo de pessoas que me interpreta melhor. Ao falar com ele sobre uma série de coisas que se tinham amontoado ao longo dos anos relativamente a relações/encontros passados, face ao seu silêncio, lá lhe perguntei a medo, se teria dito alguma asneira:

" - É que és a primeira pessoa a verbalizar tudo aquilo que penso desde há muito tempo. Pensei que fosse o único a pensar desta forma, afinal enganei-me."


Para aqueles de vós que me seguem há mais tempo e sabem a complicação que vai nesta cabeçorra, imaginem encontrar alguém que diz pensar o mesmo que vós. Dois malucos. Melhor não podia ser.

Como melhor não podia ficar, vamos lá para a parte em que a coisa descambou: aquele(s) momento(s) em que me apercebi de que, com aquele homem, eu não saberia o que fazer na cama. Por que, sejámos sinceros, quando vocês assumem as rédeas, têm de mostrar que sabem o que fazer com elas. E não me pareceu, por muito que tenha gostado dele, que a coisa fosse resultar numa cama entre nós os dois.

A cereja no topo do bolo foi quando me disse estar ocupado na próxima semana a tratar das mudanças do filho para Lisboa devido à Universidade.

E agora vocês repetem mentalmente, como eu repeti.

Filho? Universidade?


Tendo já saído da Universidade há uns anos, não deixei de me sentir estúpido face ao facto de um homem com quem estava num encontro dito romântico, me dizer que tinha um filho que estava a entrar na Universidade. Eu podia ser aquele filho. Aquele homem podia ser meu pai. Sei que a idade é apenas um número e que ao vivo não deixei transparecer o que pensei quando ele largou essa bomba no meio da conversa. Mas senti-me mais estúpido do que o costume.


E agora vocês perguntam:

" - Mas então Logan, vais voltar a encontrar-te com ele ou não?"

Acho que a melhor resposta que vos posso dar é a da senhora dos apanhados:

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