Há duas maneiras muito simples de se perder a razão que se pode eventualmente ter: servir- se dela para fins menos fidedignos ou tentar fazê- la ouvir- se através da violência. Sempre fui contra a violência, não devido a levar mais do que o que dou, mas sim porque qualquer que seja a batalha que se trave, se a violência é o meio escolhido para a travar, é já de si uma batalha perdida. Obviamente que é preferível por vezes levar uma tareia do que ter de ouvir um interminável sermão, pior do que os padres nas paróquias mais recônditas. Há ainda quem se faça valer dizendo que ao ser- se alvo de violência, ficar- se- ia de tal forma humilhado que nunca se perdoaria ao agressor. Honestamente acho isso muito bonito para aquelas cenas das novelas, em que no fim acaba sempre tudo bem e o orgulho que há dez episódios atrás tinha saído muito ferido devido á violência parece ter sido recuperado com uma rapidez memorável. Mais do que se perder a razão, perde- se o respeito. Não só para com o agressor como para nós próprios.
É uma perda de ambas as partes.
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