Tenho alguém que me deu tudo. Tudo e mais alguma coisa. E, ao aceitar o que me dava tinha a opção de aceitar ou não. Aceitei e, se me sinto afortunado por aquilo que «tenho» por outro lado fiquei condicionado. Fiquei condicionado á sua imagem, á sua personalidade, algo que não sei se conheço realmente, mas que idealizei. E, esse ideal persegue toda e qualquer pessoa que comigo se cruze. Já não sei se admiro as pessoas pelo que realmente são ou por aquilo que vejo nelas que me lembra essa pessoa. Estou a ficar cada vez mais longe de ter essa pessoa e qualquer outra que com ela se pareça. Não consigo distinguir a realidade da ficção e qualquer pequeno gesto pode significar muito, assim como pode estar tudo á minha frente e eu não ver um palmo á frente do nariz.
Quem nos dá o mundo também muda a nossa percepção do mundo. E o meu está muito mudado.
Para o melhor e para o pior.
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