Acredito veemente que a maioria das pessoas que cá vem, uns 70% vem ao engano. Pelo nome, pelo tipo de informação que procuravam, enganam- se. E os outros 30% acredito que sejam pessoas que me conhecem pessoalmente (ou não) que por cortesia ou mera curiosidade querem ler aquilo que escrevo. Há algum tempo que perdi a vontade de criar grandes «testamentos», grandes «obras». Uma das piores coisas de estudarmos algo que fora de portas continua a ser algo que gostámos de fazer, traz- nos a noção de que, aquilo que fazíamos não era de perto nem de longe, algo brilhante, merecer de tanta atenção da nossa parte. Mas, como ia dizendo, 30% das pessoas que visitam o meu blog, provavelmente encontram aqui algo meu que supostamente não conhecem, o que no fundo, é uma coisa curiosa.
Curioso, porque eu posso não ser a pessoa mais «aberta» à face da Terra, mas sou alguém de quem podem saber tudo com cinco minutos de conversa.
Acho incrível que ainda existam pessoas que venham cá, tirem as suas conclusões, e fiquem por aí.
O tom do meu discurso pode não ser brilhante, não estou cá para ganhar a admiração de ninguém, para além do mais, coisas do dia-a-dia, não merecem ser elevadas mais do que aquilo que realmente são.
Como já escrevi há alguns posts, não tentem fazer um retrato da minha pessoa vindo cá. Se por um lado, aquilo que escrevo aqui, não tem filtros, por outro, há muito que me capacitei de que é preciso termos a pessoa há nossa frente para termos a certeza daquilo que ela quer dizer realmente.
Um dos temas que aqui trato e que pelo que me apercebi da sondagem «in loco» que andei a fazer é o sexo. Não vejo qual o problema de se falar de algo que está mais banalizado do que nunca numa sociedade como esta. São coisas que devem ficar para nós sim, se tivermos vergonha de falar nelas da forma correcta. E eu, que já fiz deste tema a desgraça da minha pessoa em termos de atitudes, não o vejo como algo que tenha necessariamente de não falar. Volto atrás, dizendo que é preciso, por vezes, ver a pessoa para termos a certeza daquilo que ela quer transmitir. Neste tema, acredito que tenha passado a ideia errada daquilo que realmente quero dizer. Não quero voltar a envergar o fardo de ninfomaníaco, só porque falo disto como alguém que pergunta as horas na rua. Dão demasiada importância a isto, para mim, como para muitos de vocês, o sexo é secundário. Mas, na vida, por vezes há que dar primazia a esse tipo de coisas, não que seja uma extravagância mas sim uma necessidade. Quanto à felicidade que se obtêm com esse tipo de atitude, posso garantir que provavelmente não é aquela que se tem quando se fazem as coisas da forma normal. Mas, esse é um problema que, por muito que se fale, é pessoal deveras. Portanto, não vale a pena tecer comentários quanto à infelicidade que se sente por alguém que optou por fazer as coisas de uma forma «diferente». A vida tem muitos caminhos, quem escolhe um menos percorrido não é necessariamente pior do que nós. É isso que muita gente não parece ter conseguido apreender das vezes que visitou o meu blog. Escolho uma forma diferente de me expressar (uma forma que não é assim tão diferente quanto isso) mas sou uma pessoa como outra qualquer. Durante muitos anos à procura, todas as pessoas que encontrei eram diferentes, mas iguais à sua maneira pois todas procuravam o mesmo. Eu não procuro nada que os meus «leitores» não procurem. Lembrem- se sempre disso. Posso não carregar o Mundo ás costas, mas não estou disponível para carregar todos os rótulos que me colocam.
Acho que faço parte dos 30% ou será dos 70% ?
ResponderEliminarVenho aqui porque gosto de descobrir "coisas" diferentes,mas todas iguais...Abraço