sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Xandria - Neverworld's End [Review]


Data de lançamento: 22/02/2012

Tracklist:

01. A Propecy Of Worlds To Fall
02. Valentine
03. Forevermore
04. Euphoria
05. Blood On My Hands
06. Soulcrusher
07. The Dream Is Still Alive
08. The Lost Elysion
09. Call Of The Wind
10. A Thousand Letters
11. Cursed
12. The Nomad's Crown

"Olá nós somos os Xandria e temos uma nova vocalista que canta como o crlho e por isso vocês vão ouvi-la mandar agudos durante mais de uma hora".

Poderia bem ser a frase de apresentação do quinto álbum de estúdio dos alemães, o primeiro após a saída de Lisa Middelhauve e de uma outra que nem o ar de sua graça deu, de seu nome Kerstin Bischoff. Quem assume os vocais é Manuela Kraller que pelo menos para mim era uma desconhecida, apesar de entre os seus anteriores trabalhos contar a banda Haggard, da qual sou fã confesso.
Analisando os anteriores trabalhos, a única coisa que tenho a dizer de Xandria era que aquilo era uma pasmaceira pegada, eu não conseguia ouvir um álbum até ao fim, parava a meio, não dava mais. Por muito emblenátia que Lisa middelhauve pudesse ser a mim, enquanto vocalista, nunca me convenceu e de Kerstin devo ter ouvido quando muito, uma apresentação ao vivo da qual já nem sei o que achei.
Manuela Kraller é mais uma cantora lírica que pelo menos a mim tinha de provar que não andou a tirar cursos de canto nos pacotes de farinha Amparo. Ficou provado. A voz da senhora é uma coisa muito muito á frente, ouçam os agudos finais de "Blood On My Hands" e concordarão comigo :) No entanto, a meu ver, quando larga o canto lírico a sua voz torna-se demasiado insegura e treme bastante, são momentos que poderiam ter sido evitados.

Durante mais de uma hora somos inundados com um misto de teclados, canto lírico, coros, enfim nada que não se tenha já ouvido em bandas do género. Os coros lembram Leaves'Eyes ao extremo, os teclados já foram usados N vezes, no entanto a combinação revela-se interessante o suficiente para ouvir o álbum até ao fim.

"Visão, tenha uma." - conhecem este slogan certo? Pois bem, agora a máxima é:

"momento folk, tenha um [ou dois ou três]"

A partir da oitava fáixa a banda inicia uma inclusão de violinos, gaitas etc como se não houvesse amanhã, achei uma reminescência de Nightwish sem no entanto pecar por falta de originalidade, simplesmente acho que não havia necessidade de em cada álbum do género existir um momento folk.
A nível da banda propriamente dita, é muitas das vezes eclipsada pelos teclados, mas mais uma vez pegando no exemplo de Nightwish, que na altura de rever o último álbum dos Finlandeses me lembro ter mencionado a disparidade entre o trabalho orquestral e do banda, devo confessar que para mim Xandria conseguiram jogar melhor com os dois elementos. No entanto muitas das músicas [principalmente as de longa duração] nos seus últimos minutos resumem-se a repetir solos, teclados e afins que já se tinham ouvido antes tornando as mesmas um tanto ou quanto redundantes.

Em suma, os Xandria não trouxeram nada de original mas livraram-se do sonzinho meloso que não os levava a lado nenhum. Demonstraram que conseguem fazer músicas capazes de fazer uma pessoa ouvir tudo e querer mais. Agora só têm de se despregar da concorrência e marcar território.

7.5/10

1 comentário:

  1. Eu adoreiiii o album! :) Aquelas orquestras e os coros... lindoo! A Manuela tem uma excelente voz :)

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