Por que é que eu ainda não falei de sexta feira e da confusão que aquilo foi? Por que não me apetecia escrever testamentos.
Primeiro foi dar com o Sheraton o que já de si envolveu uma caminhada, perguntar indicações e andar às voltinhas. Tudo por que a entrada do hotel fica escondidinha nos antros de Satanás, deve ser para evitar as enchentes de clientes [sim, por que deve ser mesmo qualquer pessoa que pode pagar um luxo daqueles].
Fui com meia hora de antecedência mas mesmo assim quando cheguei tive de benzer-me por que a fila começava no andar de cima, ia pelas escadas abaixo e ainda dava uma curvinha. Vá, eu todo pipi no meu super-fato coloquei-me na fila e esperei. Não demorou muito para ver a fila a mover-se. Quando já estava no andar de cima começam a passar uma folhinha para colocar-nos os nossos dados, quando não é meu espanto ler na dita cuja que era necessário ter efectuado inscrição no site da empresa para poder estar no open-day. Só me apetecia dizer uma série de palavrões feios, mas como tinha ido de propósito para lá estar, optei por ficar até me dizerem que efectivamente me poderia ir embora. Começam a chamar as pessoas para uma sala e a senhora pára em mim. Escusado será dizer que ia dizer mal da minha vida mais algum tempo mas eis que permitem a entrada de mais algumas pessoas e lá fui eu todo feliz e contente. Já lá dentro, com umas sessenta pessoas, começam a apresentar a companhia sem antes pedirem encarecidamente àqueles que não tinham trazido cv ou tinham estado noutro open day para irem embora. Depois de apresentarem a companhia e mandarem uma ou duas piadas secas as duas senhoras sentam-se cada uma de um lado da sala e durante três horas estive fechado naquela sala. No vídeo mostraram vários testemunhos de funcionários e mesmo que por alma de nosso senhor eu passasse a fase de ser escolhido ainda teria de ter formação e um teste final, tudo isto para depois ficar sujeito durante um ano a voar para onde me mandassem. Mas teria tudo pago, o que por sí só compensaria o salário que não era bem o que esperava [mais de 1000€ mas mesmo assim, esperava mais].
Quando chega a minha vez, e digo à senhora que não fiz a inscrição online pois na revista onde tinha visto o anúncio do open day não dizia ser obrigatório fazê-lo [e mesmo assim tinha tentado fazê-lo sem sucesso] eis que ela me diz que não era necessário e eu fico com uma vontade de lhe espetar com o papelinho que tinha sido dado no início. Preocupação primordial? Se tinha tatuagens ou piercings e saber as minhas qualificações [o que ia contra o que pediam visto que não requeriam nenhuma qualificação em específico e quiseram logo saber se eu já era licenciado]. Quando saí da sala ainda estava uma fila de todo o tamanho para lá entrar e eu dei graças a Deus por não estar no lugar daqueles coitados e coitadas que iam passar a hora de almoço lá.
Saindo, fui a um oculista ver se me aliviam as hastes dos meus óculos por que só eu sei como tinha as minhas orelhas, quase em ferida [eheh u know]. Vá ainda existem pessoas simpáticas neste mundo e fizeram-me isso à borla. Agora já não parece que estou a retirar vinte quilos das minhas orelhas, que alívio!
Depois, o regresso à malograda FLUP para tentar perceber quando me vão dar finalmente o meu certificado e referência multibanco para pagar a última das minhas propinas para aquela casa. Parece que o Sigarra ainda não funciona e por este andar as propinas de Dezembro só vão ser pagas quando o Rei fizer anos. Dizia-me a senhora da tesouraria que pelo menos até ao fim de Dezembro já sairia alguma coisa. No shit Sherlock, olha eles a adiarem o pagamento das propinas! Não têm pressa, mas eu tenho e como vou novamente ao Porto em inícios de Dezembro vou lá fazer barulho outra vez. O senhor meu pai sentir-se-á orgulhoso de mim!
Depois sem contar, acabo o dia a rir que nem um perdido, como é que uma pessoa passa sem aquelas duas parvas, a C e a M? Meninas u made my day.
E agora, como já se passaram dois dias e era suposto contactarem os candidatos escolhidos dentro desse prazo parto do princípio que fico em terra por agora.
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