Há dias publiquei esta imagem no meu Facebook a brincar com o facto de me considerar a mim próprio como alguém cujo feitio não é dos melhores, esperando de alguma forma viver até aos cem anos. Pouco depois uma familiar diz-me que, quanto a mim, não tinha tanta a certeza mas que em relação ao senhor meu pai já poderia afirmar que o mau feitio era uma parte integrante da sua pessoa. E num momento de rara empatia parental, só para não deixar o meu progenitor mal visto, disse que era "tal pai tal filho" ditado em que não acredito mas que é inúmeras vezes dito pela minha mãe.
Diz-se que quando duas pessoas têm feitios iguais acabam por chocar uma com a outra mais vezes do que as que seriam esperadas e a verdade é que estou em constante choque de ideias com o meu pai, mais do que seria recomendado para termos uma relação dita saudável. Mas nunca me vi, nem desejo ver-me, como uma projecção da pessoa dele.
Como já disse aqui não pretendo ter filhos, mas por vezes dou por mim a pensar, caso os tivesse, que tipo de pai eu gostaria de ser para eles. E em nenhum momento me imagino a ser como o meu pai, por muitas coisas boas que encontre nele [e ele tem muitas]. Não que tenha passado momentos difíceis por causa dele, mas há muitas coisas na vida que ainda não fiz e que não faço por sua causa, por me ter deixado enjaular até muito tarde e agora não possuir a capacidade de me libertar sem parecer demasiado plástico ou forçado. Por muito que acredite que na base de toda a protecção está sempre um cuidado tenho sempre medo de poder fazer a um filho meu, caso o tivesse, o que me fizeram a mim e me tornar no tipo de pai que agora digo ser responsável por me ter domado até ao tutano.
Ai, tu não me digas??? Mau... querem ver que eu ainda vivo para além os 60 anos??? [o meu instinto felino diz-me que não passo dos 60...]
ResponderEliminartens de fazer as contas em anos de gata também, não sei quanto é que isso dá :D
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