Hoje estava a ler o livro de contos do Poe quando chego ao "O Poço e o Pêndulo" [há uns tempos vi um filme baseado no conto, pretty awesome] e me aparece esta epigrafe:
"Impia tortorum longas hic turbas furores.
Sanguinis innocui, non satiata aluit.
Sospite nunc patria, fracto nunc funeris antro,
Mors ubi dira fuit vita "
Quadra composto para os portões de um mercado a ser construído no lugar do Clube Jacobino de Paris.
Como não tinha nenhuma tradução disponível pensei:
"Logan! Tu podes traduzir isto! Tu podes ir desenterrar o teu dicionário de Latim-Português e dar a volta a esta epigrafe!". Lá fui eu à minha estante [aka móvel monstruosamente grande] tirar o dito cujo.
Passou-me depressa a vontade de traduzir aquela merda [sim, Latim é uma merda].
Acho que a ideia que as pessoas têm de alguém que diz estudar Latim é a de uma sala cheia de pessoas a falarem em Latim umas com as outras. Ideia comum mas errada. Não se fala Latim. Traduz-se Latim. Dão-nos uma tabelinha com as declinações [a Ana Maria não dava mas isso é por que ela é má] e usam-se as ditas tabelas para decifrar a que declinação pertencem as palavras e procurá-las no dicionário. E depois é só montar as frases todas bonitas em Português. Isto quando se conseguem traduzir as frases, por que se forem como eu chegam a meio já a deitar fumo por todos os buracos possíveis [menos aquele em que estão a pensar, esse está bem fechado].
E já agora aí fica a tradução do Google Translator [está a ver senhora do Instituto do Emprego, Latim ainda é língua!]:
"Algozes pecaminosas multidões aqui frenesi longo.
Sangue inocente, não satisfeito suportado.
Em casa agora, agora quebrar a caverna funeral
Morte, onde a vida era terrível"
[Sim, as traduções do Google são como o Latim, uma merda]
mas pra compensar o Poe não é merda nenhuma.
ResponderEliminarverdade, estou a adorar o livro :)
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