Vêm E Vão

Se existir um prémio para o maior número de vezes que algo me acontece, iria certamente para a quantidade de vezes que uma pessoa passa do "tudo" ao "nada" em pouco tempo.

Existem pessoas a quem eu dou graças a Deus por nunca mais se terem lembrado de mim e por provavelmente terem apagado todos os meus contactos por que nesta vida uma pessoa já tem desgraças que cheguem e não precisa de mais. 

Eu já fui muito feliz num Smart estacionado no Campo 24 de Agosto. Não, não fiz o bem bom dentro do Smart [eu meço 1,77 seria difícil mexer-me lá dentro como deve ser par além de não ser algo que tenha particular interesse em fazer]. 

Eu já fui muito feliz à beira de um café chamado "Convívio" que tem uns azulejos verdes feios feios feios, onde deixei que me apalpassem o cú que não tenho para pouco tempo depois acabar a trabalhar com essa mesma pessoa, o mundo é um lugar pequenino. Mas foram coisas que depois, puff, foram vá-se lá saber para onde, e se em uns casos nem tenho como dar a volta, naqueles em que poderia fazê lo já nem tenho a lata [nem paciência] para tal.

Deveria existir um medidor de interesse [assim como existe um medidor de temperatura] nem que fosse preciso enfiá-lo pelo cú acima como se faz com os supositórios para dar a entender  a quem está à nossa frente que existe algo mais do que aquilo que mostrámos [ou que não mostrámos].

Por que para mim pior do que conhecer filhos da mãe [e do pai] é conhecer gente que como canta a Fergie, "come and go like seasons", até por que agora as estações andam todas trocadas e algumas pessoas poderiam permanecer mais um bocadinho na minha vida que eu não me importaria nada.