Estes últimos dias de trabalho têm sido extenuantes mas dou por mim a agradecer o tipo de trabalho que tenho, que me leva a ter de ser atencioso e simpático com as pessoas, de outra forma creio que já teria atingido o fundo do poço. Honestamente não sei o que deva chamar a este estado, não sei se existe um nome para se dar à burrice de não acreditar totalmente nas pessoas e mesmo assim sofrer uma desilusão e passar todos os dias a tentar equilibrar a vontade de dizer a mim mesmo que já sabia que tudo isto ia ser assim e a tentar compreender se será algo que sempre fiz e que irei continuar a fazer que irá levar a este tipo de desfecho. Não sei, é uma decepção não só em relação à pessoa mas em tudo. Parece aqueles devaneios de pita apaixonada mas não encontro forma de dar a volta à coisa. Mais estúpido me sinto ainda, por saber que tudo se deve a uma pessoa que a esta hora está a cagar para mim. A vontade de fazer uma asneir apara esquecer as coisas é muita, mas graças a Deus, o tino também.
Para a minha própria mãe me perguntar, com uma cara séria, se eu gostaria de marcar uma consulta para ver o que se passava comigo e perguntar se eu gostaria de tomar umas vitaminas, é por que a coisa parece séria.
Não queria prejudicar o meu emprego por causa desta merda (sim, por que é o que este estado é, uma merda) mas já toda a gente me perguntou por que ando sempre triste, e o que se pode responder? É a vida. Ao longo do dia dá para animar, mas quando o horário termina, já não me sinto na obrigação de forjar um sorriso ou uma piada.
Durante estes últimos dias a minha mãe já me perguntou umas quantas de vezes se vou trabalhar com a cara com que entro em casa. Não, não vou. Mas acredito que se ela imaginasse o esforço que tenho feito para não ceder à tentação de pedir uma folga e de me deitar a dormir todo o dia, talvez soubesse a resposta.
Acho que para mim a idade da parvoeira veio mais tarde.
Acho que não percebeste que te estavas a envolver em demasia na "coisa"... e quando percebemos isso já é tarde de mais.
ResponderEliminarfoi mais a sensação de, no início, achar que tudo que ele fazia parecia forçado para a altura, e sabia que por muito que ele fizesse e dissesse, no final não iria ter coragem de falar comigo abertamente para me "dar com os pés". rebaixei-me várias vezes durante a semana mas também tenho olhos na cara.
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