terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O Dia De Hoje PT2./Na Busca Incessante de Emprego #8

Contra todas as hipóteses possíveis e imaginárias a entrevista correu às mil maravilhas.
Afinal, a tão afamada empresa não era uma empresa mas sim uma associação. Não daquelas de carácácá, mas uma daquelas que pagam. Curiosamente fui, pelo menos hoje,  o único homem a ser entrevistado, o restante grupo era constituído por mulheres, até me senti mal.



A entrevista foi feita NA MESMÍSSIMA SALA onde há dez anos atrás eu estagiava, na primeira empresa que me abriu as portas. Tantas memórias que tenho daquela sala...



Depois das perguntas da praxe, feitas pelo casal (o senhor era fofinho) pediram-me para escrever um texto sobre redes sociais.

" - Para si que já escreve não vai ser difícil..." - dizia-me a senhora.

Ao que eu respondi:

" - Falta é saber se eu escrevo algo que queiram ler."



A verdade é que saquei de dois paralelismos das redes sociais com as teias de aranhas e as mulheres do Henrique VIII e acho que depois de lerem aquilo vão pensar duas vezes se eu fui lá para pedir trabalho ou ajuda psicológica.


Propuseram-me a oportunidade de ter de viajar em serviço com despesas de custo, deslocações e estadia ao cargo da empresa. Disse-lhes logo que sim.

" - Não tenho mulher nem filhos a meu cargo por isso estou livre..." - nem nenhum homem jeitoso, mas isso eles não precisavam de saber.


Como dava para ver ia com expectativas bastante baixas a respeito desta entrevista e no entanto regresso com elas bastante altas. Gostei da química que se estabeleceu entre os três, da empresa, e acredito ter passado a imagem  que queria que tivessem de mim.

Eu não consigo encarar qualquer trabalho como trabalho. Terei sempre de colocar  o meu cunho em tudo o que faça. Por que se eu não for eu, então mais vale não ser ninguém.
Fingers crossed.

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