Na Busca Incessante de Emprego #11

Quando até o Senhor meu pai me diz que é preferível eu nem sequer ir a uma entrevista de emprego, é caso para questionar se realmente vale a pena, visto o Senhor ser mais sábio do que eu em muita coisa (menos no que toca a homens, eu acho que percebo mais disso do que ele se calhar).

Verdade seja dita que eram onze e pouco da manhã estavam a mandar-me uma sms para me lembrar que tinha entrevista marcada, como se eu me fosse esquecer, duh.

Ponto curioso: Na mensagem indicavam  o nome da empresa (coisa que até à data eu não sabia) e ao procurar pelo mesmo na internet sabem o que encontrei? Nada, nickles, rien de rien.

Convém dizer que eu não conhecia quase nada na Maia, portanto a primeira coisa que fiz ao sair do Metro foi procurar um transeunte qualquer que tivesse ar de ser do sítio a ver se me sabia dizer onde era aquela porra. Ao fim de alguns minutos lá dei com o local, o qual, efetivamente, não era muito difícil de achar se eu andasse mais vezes pela Maia.

O moço que me atendeu era honestamente, quase da minha idade, e daqueles moços que nem com um pacotinho de bolachas de água e sal a coisa melhorava. 

Adiante, entrevistaram-me num cubículo que, sendo eu magro, acho que bastava abrir os braços para tocar nas duas paredes. Isso já diz muito quanto ao tamanho do dito cubículo.

Não que tenha ido a muitas entrevistas de emprego, mas esta deve ter sido das mais estúpidas. Por que se resumiram a dar-me um questionário para as mãos, para depois de me dizerem que o recrutamento será feito no departamento de recursos humanos da empresa e não ali.

A minha vontade foi mesmo perguntar:

" - Então o que é que eu vim aqui fazer minha senhora? Não podiam ter facultado o dito questionário por email? Geez..."

Enfim, até ao final de Quarta dirão qualquer coisa. Se não disserem, a perda é deles muahahahahah.