terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Na Busca Incessante de Emprego #17

Eu sei que quando entro numa empresa e só lá está uma mulher sentada com um portátil e não vejo vivalma a trabalhar, que estou perante um caso sério de sucesso empresarial.



Mais ainda quando sou chamado para dentro de uma sala e o entrevistador brazuca começa a vender a banha da cobra como se eu fosse uma daquelas velhinhas que toma o Calcitrin. Mal sabia ele que a banha da cobra que me queria vender, já ma tinham vendido dois anos antes numa outra empresa: andar a bater às portas a recolher donativos que provavelmente nunca chegariam às empresas a que se destinavam.



Escusado será dizer que o fato de o telemóvel do senhor se ter fartado de tocar durante a dita entrevista em tudo aumentou para que eu tivesse ainda mais vontade de trabalhar para aquela empresa.

Só que não.


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