sexta-feira, 8 de julho de 2016

Um Pingo Onde Trabalha Um Doce

Já não é a primeira vez (nem será a última) que digo que o Pingo Doce leva o seu slogan muito a sério: "Pingo Doce, venha cá" . E, para convencer as pessoas a lá irem, toca a meter uns empregados que nem com aqueles aventais verde florescente perdem a piada.

Conhecedora de todas as promoções que a cadeia de supermercados faz, a Senhora minha mãe andava de olho numa liquidificadora que me incumbiu de lhe "oferecer" visto que a mesma só seria usada para fazer bolos e quem mais bolo come cá em casa sou mesmo eu. Não posso refutar a sua lógica.


Depois de correr um Pingo Doce de fio a pavio sem encontrar a dita liquidificadora, lá fui eu ao Pingo Doce mais próximo e eis que, de entre todos os lojistas que lá estavam dei-me ao luxo de escolher o mais giro a quem perguntar.

" - Desculpe o senhor podia indicar-me se têm em stock a máquina x que está no folheto quinzenal?"

Sempre achei estranho tratar por "senhor" pessoas que vejo serem claramente da minha faixa etária. Mas é o que manda a boa educação. Manda também a boa educação, indicar a alguém se tem alguma coisa suja de forma a poder limpá-la. E, ao vê-lo com a minha máquina em braços lá reparei que ele tinha umas ninharias quaisquer no cabelo. Lá lhe disse, a apontar para o seu cabelo, já a derreter-me todo naquele chão de tijoleira:

" - O senhor tem algo aqui...."

Se ele passou a mão? Passou. Se aquilo saiu? Não.
Lá fui eu com a minha mão a tremer mais do que o Nokia 3310 e enquanto lhe tirava as coisas do cabelo ia operando os meus poderes psíquicos:


Aquilo lá acabou por sair. E eu também, a morrer de vergonha.

1 comentário: