Trabalhar com alguns estagiários é por demasiado engraçado. Por exemplo a M, do alto dos seus 18 anos, é boa todos os dias e uma pessoa passa a vida a rir-se.
À tarde, aparecem dois Canadianos, um sem graça nenhuma e outro com a graça toda. Falando com os dois, mando o real olhar à moça, a ver se ela percebia o jogo que corria ali. E ela não percebeu. Desmanchou-se a rir. E, quando digo "desmanchar", é mesmo, não aguentar o riso.
O caso atingiu proporções demasiado trágico-cómicas quando um deles, já um tanto ou quanto incomodado pergunta, mas com um sorriso no rosto:
" - Why is she laughing? Is it because of our accent?"
E eu, dividido entre partir-me a rir com ela ou enfiar-me num buraco recém cavado por mim noutro sítio qualquer, lá lhe digo:
" - It´s not that, we have Canadian tourists everyday, it´s just her, she´s crazy... "
Querendo dar uma de "macho dominante" viro-me para ela, já a pedir a Deus para não começar, também eu, a rir-me:
" - Stay there and don't you dare laughing again!!!!!"
Foi só o tempo de os despachar aos dois para lhe perguntar:
" - Não percebeste a jogada?"
" - Percebi, mas quando olhei para ti parti-me a rir..."
Não obstante, poucas horas depois, depois de perceber o meu jogo de babanço por outro cliente, desta feita um Português, pergunta ela, depois de ele e os amigos se terem ido embora, mais alto do que devia:
" - Por qual deles era?"
E eu, mais alto ainda:
" - Eu juro que te mato!!!!"
Maravilha das maravilhas, a mulher que estava com eles dá grande volta para trás e assusta-se com o meu berro... E eu,a ver que não iria embora sem receber uma queixa por assédio, digo à M:
" - Eu vou ligar para o escritório e perguntar se já houve algum estagiário que tivesse sido assassinado aqui. Por que se não houve, tu arriscaste a ser a primeira..."
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