A Raquelem foi das primeiras bloggers que segui, tanto por que nos conhecíamos de outros Carnavais, sendo que acabamos por ter blogues com uma duração mais ou menos aproximada.
Ao ler a publicação introdutória ao seu novo blogue AQUI algumas questões me ficaram a moer cá dentro:
O blogue deve ser reflexo do estado de espírito do autor sendo que as publicações serão reflexos disso mesmo ou ele não deverá publicar conteúdo que esteja fora das temáticas do blogue mesmo que esse conteúdo seja importante para ele?
Vejo casos de blogggers que, por não se sentirem confortáveis em partilhar momentos menos bons com a blogosfera passam meses e meses sem escreverem uma única linha. Faz-me confusão. Não se passa nada digno de ser publicado nesse período de tempo?
Vistas a uma distância de anos (ou até mesmo meses) publicações relativas a problemas, coisas boas, coisas más, parecem infantis, uma perda de tempo, creio ser normal não nos assumirmos como a pessoa que passou por tudo aquilo. Mas a piada da coisa não é mesmo essa? Manter um registo da pessoa que somos (e fomos) por muito que depois pouco ou nada reste desse alguém que escreveu essas linhas?
Também há que ter em conta o propósito de quem escreve. Escrevemos para nós ou para os outros? Quererão os outros saber dos meus problemas? Será que eu quero dar a conhecer esse fardo a quem nada tem a ver com isso?
Ler um blogue é ler a pessoa que o escreve (ou quase). Vocês leriam o vosso blogue?
Uma questão que ficou aqui a martelar-me a cuca: "Ler um blogue é ler a pessoa que o escreve (ou quase). Vocês leriam o vosso blogue?"
ResponderEliminarLá está. Também me debati com essas questões, e ainda hoje o faço. Acho que não há mal nenhum em escrevermos pontualmente sobre os nossos problemas ou sobre coisas menos boas, nem que seja apenas para "pôr cá para fora". Honestamente, também cansam aqueles blogs que são sempre cor-de-rosa e que só mostram uma vida feliz. Todos temos problemas, todos fazemos asneiras, todos nos sentimos tristes e chateados, por vezes, e não há mal nenhum nisso. O sofrimento também faz parte da vida, e se o nosso blog é sobre a nossa vida, então por que não partilhar isto e escrever sobre isso? Às vezes é por receio ou vergonha que não o partilhamos, e isso aí já depende de pessoa para pessoa. Mas também não deve ser algo recorrente; como disseste na minha publicação, isso cansa quem escreve e quem lê.
ResponderEliminarMas também levantas outras questões importantes: a do conteúdo e a de para quem escrevemos. Quem tem um blog sobre uma vida cor-de-rosa e que quer motivar e inspirar os outros, não vai despejar os seus problemas lá - sim, mesmo que digam que têm uma vida feliz e perfeita, podem, na verdade, ter problemas sem que se saiba. Enfim, a maioria das pessoas nas redes sociais não é tão sincera e vive de máscaras. O certo é que estas questões que aqui levantas dão pano para mangas xD
Claro que não lololo Achas que eu teria paciência para ler uma novela mexicana ou pior que isso, um blogue cheio de erros e gralhas?! A história de uma "puta" que dormiu com metade de Lisboa e arredores lolololololololololol
ResponderEliminarNem sei como alguém consegue seguir o meu canto medooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
ahahahahahahhahahhahahahahahaha
Aquele abraço
Um post com perguntas pertinentes! Boa!
ResponderEliminar"O blogue deve ser reflexo do estado de espírito do autor sendo que as publicações serão reflexos disso mesmo ou ele não deverá publicar conteúdo que esteja fora das temáticas do blogue mesmo que esse conteúdo seja importante para ele?"
Eu acho que o blog é de cada um. Independentemente das temáticas abordadas, toda a gente sabe que toda a gente tem dias menos bons. Eu sou da opinião que quem compartilha os momentos bons e menos bons, mostra que daquele lado do monitor está um verdadeiro ser humano, não uma criatura inventada para agradar aos leitores. Aliás, eu deixei de ler muitos blogs por causa disso. Cansei-me de ver as pessoas a exporem uma vida maravilhosa e perfeita, como se nunca lhes acontece nada de mal e fossem intocáveis.
Como disse acima, o blog de cada pessoa é especial porque deveria reflectir o o universo, o mundo daquela pessoa. Se a pessoa precisa de desabafar, de escrever coisas que até fogem completamente ao tema do blog, porque se haveria de impedir de fazê-lo? Desde que esteja consciente do que estiver a divulgar e respeite a privacidade de outros que possam interagir nos textos, não vejo porque se impedir de escrever sobre um tema importante para quem escreve.
"Vejo casos de blogggers que, por não se sentirem confortáveis em partilhar momentos menos bons com a blogosfera passam meses e meses sem escreverem uma única linha. Faz-me confusão. Não se passa nada digno de ser publicado nesse período de tempo?"
Às vezes passa-se, outras vezes sao coisas tão pessoais que as pessoas preferem guardar só para si, mas isso...
Cada caso é um caso.
"Vistas a uma distância de anos (ou até mesmo meses) publicações relativas a problemas, coisas boas, coisas más, parecem infantis, uma perda de tempo, creio ser normal não nos assumirmos como a pessoa que passou por tudo aquilo. Mas a piada da coisa não é mesmo essa? Manter um registo da pessoa que somos (e fomos) por muito que depois pouco ou nada reste desse alguém que escreveu essas linhas?"
Acima de tudo um blog serve como um diário ou deveria servir como um diário que revela o nosso crescimento pessoal. As nossas opiniões, pensamentos, gostos, tudo se altera com o tempo. Quem sabe ao guardar registo disso, não estejamos, também nós a criar cápsulas do Tempo?
"Também há que ter em conta o propósito de quem escreve. Escrevemos para nós ou para os outros? Quererão os outros saber dos meus problemas? Será que eu quero dar a conhecer esse fardo a quem nada tem a ver com isso?"
Como diz o nosso amigo Francisco, quem não gostar do que ler, pode clicar no "X" no canto superior direito. Já passei por esse dilema e hoje em dia acima de tudo escrevo por gosto e para mim. Se houver quem goste de me ler, tanto melhor.
"Ler um blogue é ler a pessoa que o escreve (ou quase). Vocês leriam o vosso blogue?"
Eu escrevo o meu blog do jeito que eu gostava de ler outros blogs - com conteúdo diverso, contos gays dignos de novela, música, momentos de humor, mas acima de tudo, muita partilha de informação que considero útil para quem me acompanha.